Ícone do site Rápido no Ar

Dia Mundial do Coração reuniu 2.978 estudantes no Ginásio de Esportes de Araras

Foto: Prefeitura de Araras

Realizado nesta sexta-feira (29) no Ginásio de Esportes “Nelson Rüegger” de Araras (SP), o evento em comemoração ao Dia Mundial do Coração quebrou o recorde brasileiro de participantes. Ao todo, 2.978 estudantes do município marcaram presença na ação promovida pela SOCESP (Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo), com o apoio da prefeitura local.

Segundo a SOCESP, 720 paradas cardíacas ocorrem diariamente no Brasil e a grande maioria acontece dentro de casa, na presença de crianças, ou na rua, onde familiares, amigos e pessoas próximas não sabem o que fazer. “Menos de 2% dessas pessoas chegam vivas aos hospitais. Infelizmente elas morrem no caminho ou na própria residência”, conta o diretor do Centro de Treinamento em Emergências Cardiovasculares da SOCESP, cardiologista Agnaldo Piscopo.

PUBLICIDADE

Nos treinamentos, os participantes aprenderam manobras de ressuscitação cardiopulmonar em bonecos reciclados, feitos de forma artesanal pelos próprios estudantes com suporte da Sociedade de Cardiologia. “Eles produziram manequins com garrafas PET e material reciclado com orientação dos professores de artes. A SOCESP já promoveu atividades semelhantes em seus congressos e eventos”, completou Piscopo.

Programa “Crianças Salvam Vidas”

Desde 2022, Araras (a 1ª cidade do Estado de SP) conta com uma legislação específica que prevê o ensino nas escolas públicas e privadas de reanimação cardiopulmonar, prevenção e reconhecimento do infarto e AVC. O programa “Crianças Salvam Vidas” tem o apoio da SOCESP, que fornece o material didático para os treinamentos.

“O objetivo é que eles possam reconhecer os sintomas e ajam para pedir ajuda ao serviço de emergência e, enquanto o SAMU não chega, que façam as compressões torácicas”, orienta o cardiologista. A ressuscitação, quando realizada em até 5 minutos da parada cardíaca, permite uma taxa de sobrevida em torno de 50% a 70%. A cada minuto sem qualquer atendimento, a pessoa perde de 7% a 10% a chance de permanecer viva. “Por isso a relevância desse projeto que precisa ser ampliado para todo o Estado”, acrescentou a presidente da SOCESP, Ieda Jatene.

Sair da versão mobile