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Desenvolvimento virtual acelera a chegada da nova Chevrolet Montana

Foto: Chevrolet / Divulgação

A General Motors sempre foi referência no desenvolvimento de automóveis. Atualmente, a empresa se destaca também pelo amplo uso de ferramentas avançadas de engenharia, como supercomputadores e software de inteligência artificial para criar veículos disruptivos.

A Nova Montana é o mais recente exemplo deste tipo de aplicação, que traz importantes benefícios ao consumidor. A Chevrolet, alías, utilizou-se desta própria tecnologia para projetar a primeira imagem oficial de sua futura picape, que está neste momento em fase final de validações no Campo de Provas da GM. Ela chega às concessionárias em 2023.

“O desenvolvimento virtual permite reduzir o tempo de gestação de um veículo quase pela metade, agregando ainda ganhos de qualidade, segurança e eficiência. Outra vantagem é a infinidade de simulações e aperfeiçoamentos que é possível realizar ao longo do projeto”, explica Suzimara Ducatti, especialista em simulações virtuais na GM América do Sul.

“Mesmo antes de produzir os primeiros protótipos físicos do veículo, já simulamos mais de 15 milhões de quilômetros rodados e mais de 15 mil testes multidisciplinares com o auxílio desses supercomputadores”, complementa.

Para isso, a GM possui um centro de processamento de dados com área equivalente a 20 campos de futebol. Cada peça, cada sistema e depois o veículo como um todo são trabalhados virtualmente até o máximo grau de otimização, seja de performance ou peso, por exemplo.

Esta é a razão pela qual a Nova Montana vai chegar com características interessantes, como conforto e dirigibilidade de carro de passeio e robustez e versatilidade de uma verdadeira picape – tendências que nosso time de inteligência de mercado captou em pesquisas e que estreiam com o futuro modelo da Chevrolet.

“Ferramentas virtuais também otimizam os custos totais de desenvolvimento do veículo. Essa redução permite incluirmos muito mais tecnologias ao veículo sem necessariamente ter que posicioná-lo num degrau de preço acima. Este é outro benefício desta tecnologia para o consumidor”, destaca Suzimara.

Ela explica que o segredo do uso apropriado destes supercomputadores e software de inteligência artificial está na experiência e na forma como os engenheiros da GM inserem e analisam os dados.

Estrutura, aerodinâmica e dinâmica veicular são algumas das disciplinas presentes no desenvolvimento virtual, assim como simulações eletrônicas, de desempenho térmico e de radiofrequência.

O quesito segurança é foco do projeto da Nova Montana, que segue requisitos internacionais de proteção a ocupantes e pedestres. Tanto que a picape virá de série com seis airbags e para-choque e capô projetados até para amortecer impactos em caso de um possível atropelamento.

São estes supercomputadores também que ajudaram a dar vida à primeira imagem oficial do visual do produto, caracterizado por linhas esportivas e real porte de picape médio-compacta. Pela projeção, é possível notar que o conjunto ótico frontal traz a nova identidade da marca e iluminação em LED.

A Nova Montana será o próximo integrante da família de veículos global da Chevrolet, já composta pelas atuais gerações de Onix, Onix Plus e Tracker – todos referência em suas respectivas categorias.


Como é a gestão de um novo veículo?
Na GM, a concepção de um novo veículo passa basicamente por 5 etapas.

Tudo começa pela definição do projeto, quando o time de Inteligência de Mercado identifica tendências e define uma lista com as características e tecnologias do veículo.

O segundo estágio é o da criação do conceito, com o envolvimento dos times de Design e Engenharia, para os devidos ajustes técnicos de viabilidade e cadência do projeto.

A etapa mais detalhada, no entanto, é a do desenvolvimento virtual, quando os componentes do veículo são criados e otimizados. Milhares de simulações com o auxílio de supercomputadores e inteligência artificial são fundamentais para criação dos melhores carros da categoria.

Isto porque as ferramentas de desenvolvimento virtual vêm reduzindo quase que pela metade o tempo de gestação de um projeto. Além disso, permitem a confecção de veículos ainda mais avançados, com ganhos de qualidade, segurança e eficiência, com otimização dos custos, permitindo a adição de mais tecnologias.

Neste período, ao mesmo tempo em que a preparação da fábrica é iniciada para receber o produto, são construídos artesanalmente protótipos para aprimoramentos finais e validações.

Outra característica muito marcante destes veículos pré-série é a camuflagem. Para não revelar o visual do carro, utiliza-se adesivos zebrados que embaralham a lente da câmera dos paparazzi. Capas e espumas também ajudam a disfarçar as linhas e os vincos da carroceria.

São mais de 6 milhões de quilômetros rodados por ano entre os mais de mil testes realizados no Campo de Provas da GM, que conta com 17 diferentes tipos de pistas, além de sete laboratórios. Assim, em seis meses é possível simular o desgaste que um automóvel sofreria se rodasse por 15 anos em condições normais de trânsito – ou o equivalente a 240 mil quilômetros.

Todos os resultados são analisados e as evoluções aplicadas dentro da filosofia de melhoria contínua dos produtos. Esse trabalho de ajuste fino de cada um dos sistemas é chamado de “calibração”.

Na GM, cada configuração de veículo costuma ter um acerto customizado, para atender exatamente a proposta daquela versão. Os carros de testes são depois escrapeados. No último ano, o Campo de Provas da GM reciclou quase 300 protótipos e 35 toneladas de pneus, por exemplo. Uma importante fração destes veículos saem do laboratório de segurança veicular, onde são realizados os testes de impacto.

A última fase é a de lançamento, quando o veículo está pronto para ser montado e ofertado aos consumidores.

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