A Secretaria de Saúde de Campinas emitiu nesta quinta-feira (4) o 48º Alerta Arboviroses, apontando que 30 bairros da cidade estão em situação de alto risco para transmissão de dengue. A partir disso, as ações de controle do mosquito Aedes aegypti — transmissor da dengue, zika e chikungunya — serão reforçadas nessas regiões.
A medida visa impedir o avanço dos casos, que costumam aumentar no período de maior calor e chuvas, quando há mais acúmulo de água parada.
Regiões mais afetadas e critérios do alerta
Os bairros com maior risco estão distribuídos em todas as regiões da cidade:
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Leste: Vila Rossi, Jardim Guanabara, Vila Iza, Taquaral, Jardim Nossa Senhora Auxiliadora e Jardim Brasil
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Noroeste: Parque Itajaí, Jardim Liliza, Vila Castelo Branco, Vila Padre Manoel de Nóbrega
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Norte: Jardim São Marcos, Jardim Campineiro, Vila Esperança, Jardim Santa Mônica, Parque Maria Helena
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Sudoeste: Vila União, Jardim Santa Lúcia, Vila Palácios, Jardim Bourdon, Novo Campos Elíseos
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Sul: Jardim Campo Belo 1, Cidade Singer 2, Jardim do Lago, Vila Pompéia
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Sudeste: Jardim Santa Odila, Vila Georgina, Vila Paraíso, Ponte Preta, Vila Marieta
A inclusão dos bairros no alerta considera diversos fatores, como número de casos confirmados, dificuldade de acesso a imóveis para inspeção, densidade populacional e registros de novas transmissões.
A Prefeitura de Campinas reforça que 80% dos criadouros estão dentro das residências, conforme levantamento estadual. Por isso, a participação dos moradores é essencial para conter a proliferação do mosquito.
Entre as ações recomendadas estão:
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Evitar água parada em pneus, latas e garrafas;
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Trocar a água dos vasos de plantas a cada dois dias e limpar os pratinhos semanalmente;
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Manter caixas d’água bem vedadas;
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Fechar vasos sanitários que não estejam em uso.
Dúvidas sobre os agentes podem ser tiradas pelo telefone 156 (dias úteis) ou com a Defesa Civil no 199 (fins de semana e feriados).
Até outubro deste ano, Campinas já realizou mais de 1,1 milhão de visitas domiciliares para controle de criadouros, além de ações de nebulização em mais de 200 mil imóveis. Ao todo, 46 mil toneladas de resíduos foram retiradas em mutirões. Também foram instaladas armadilhas e capacitados mais de 250 brigadistas e 300 servidores para o combate.
O monitoramento de pacientes com suspeita de dengue já soma mais de 77 mil atendimentos em 2025, com 23 mil casos reencaminhados para unidades de saúde.

