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Dengue: 2019 tem segundo maior número de casos de série histórica do País

O número de casos de dengue registrados no Brasil em 2019 foi o segundo mais alto da série histórica sobre a doença, segundo o Ministério da Saúde. Os dados, de janeiro a 7 de dezembro, apontam 1.527.119 notificações de casos prováveis, concentrados principalmente nas regiões Centro-Oeste e Sudeste. Conforme a pasta, 64,7% dos registros foram feitos nos Estados de Minas, Espírito Santo e São Paulo.

A série histórica do governo federal teve início em 1975. O ano passado está atrás somente de 2015, quando foi feito quase 1,7 milhão de registros da doença em todo o País. Mas superou as notificações dos anos de 2017 e 2018, que registraram 239.389 e 265.934 casos prováveis da doença, respectivamente.

“A gente atribui o alto número de casos a alguns fatores associados, como o fato de ser uma doença sazonal, o verão com temperaturas altas e regime de chuvas muito intenso e a alteração do sorotipo circulante no País. Desde 2010, as epidemias eram causadas pelos sorotipos 1 e 4. Tivemos uma alteração para o sorotipo 2 em 2018, principalmente nas regiões Centro-Oeste e Sudeste”, explica Rodrigo Said, coordenador-geral de Vigilância de Arboviroses do Ministério da Saúde. Segundo Said, o sorotipo 2 não circulava nessas regiões desde 2008.

Estados de Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo concentram quase 65% dos registros em 2019

Em 2019, 754 óbitos por dengue foram registrados ante 155 em 2018. Em 2017, foram 185 mortes. “A ocorrência do óbito por dengue está ligada a questões individuais, como a resposta do paciente à doença. Também tem fatores relacionados ao vírus. O vírus 2 que está circulando pode ocasionar apresentações mais graves e um número maior de óbitos. Além disso, em dengue, a literatura médica mostra que a segunda infecção (pela doença) pode ser mais grave do que a primeira.”

Said diz que o ministério e as secretarias estaduais e municipais desenvolvem ações para evitar a disseminação da dengue e das demais doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, como zika e chikungunya. Mas destaca que a contribuição da população é fundamental. “A gente está em um período que é uma época da doença, que vai de dezembro a maio. O ministério tem desenvolvido várias atividades com as secretarias, de controle e pesquisa sobre o Aedes, mas precisamos mobilizar a nossa população para desenvolver ações efetivas para eliminação e redução dos criadouros dos mosquitos. Mais de 80% dos criadouros estão dentro das casas das pessoas. Se o agente faz a visita, é importante que as pessoas façam a ação de controle semanalmente “

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