O Cruzeiro Esporte Clube venceu o Flamengo nos pênaltis, e conquistou a Copa do Brasil pela quinta vez em sua história. Além da vaga na Libertadores, o título coloca o Cruzeiro como o maior campeão do torneio, ao lado do Grêmio.
A partida, cercada de expectativas, foi muito truncada, e com poucas chances reais de gol. As equipes se alternaram no domínio do jogo, marcaram muito forte, e só chegavam ao gol em erros do adversário, ou jogadas individuais. Dessa forma, o Cruzeiro quase marcou com Arrascaeta (após saída horrorosa de Muralha) e o Flamengo quase anotou seu tento, no final do jogo, com um forte chute de Guerrero, que parou em Fábio.
Após o empate sem gols no tempo normal, o campeão seria decidido nos pênaltis. E aí apareceu a diferença fundamental entre ambas as equipes: se o Cruzeiro conta com um goleiro consagrado (que por sinal é o jogador que mais vestiu a camisa do clube na historia), o Flamengo tinha um goleiro odiado pela torcida, e protegido pelo seu presidente.
A equipe mineira acertou todas as suas cobranças, enquanto o Flamengo errou uma e converteu três. Vale lembrar que a cobrança foi perdida pelo badalado Diego, que chegou com toda a pompa do planeta, ganha um salário astronômico, não justificou seu alto investimento, e falhou no momento mais decisivo do ano. Mesmo assim, “misteriosamente”, um dos queridinhos da imprensa nacional foi convocado por Tite.
Enquanto a torcida mineira comemora, os flamenguistas olham com tristeza para o ano de 2017: muito dinheiro investido, muito oba oba por parte da imprensa, e nenhum título relevante até o momento. Isso sem contar o vexame de ser eliminado na primeira fase da Libertadores.
O Cruzeiro foi merecedor do título, e não só pode, como deve comemorar muito. Desde o início do ano, os comandados de Mano Menezes foram muito contestados. Devagar, dando um passo atrás do outro, chegaram quietos, “apenas” traballhando, sem falar muito. Pelo meio do caminho, a Raposa eliminou Palmeiras e Grêmio, em duelos que a imprensa já dava o Cruzeiro como eliminado antes mesmo do time entrar em campo. Na final, contra o “mais querido” (e o mais blindado), parecia uma guerra do bem contra o mal. Venceu o “mal”. Venceu quem se preocupou com o resultado, e não com caras e bocas para as câmeras, campanhas de marketing, e em mostrar uma imagem de clube organizado (coisa que o Cruzeiro sempre foi).
Parabéns, Cruzeiro, Campeão da Copa do Brasil 2017!
Foto: Cristiane Mattos/Cruzeiro