Na madrugada desta segunda-feira (30) três agências bancárias de Araçatuba (SP) foram alvos de ataques. Durante a ação os criminosos que estavam fortemente armados fizeram reféns. Três pessoas morreram.
Segundo a polícia, até o momento dois indivíduos foram presos e um deles foi morto. Os criminosos fizeram pedestres e motoristas de reféns durante o ataque aos bancos. As vítimas foram usadas como escudo humano e algumas colocadas no capô ou teto dos veículos.
Os policiais cercaram a cidade e utilizaram drones para contribuir na ação.
O prefeito de Araçatuba, Dilador Borges (PSDB), afirmou em entrevista à TV Globo que comunicou o assalto ao governador João Doria (PSDB) durante a madrugada e a cidade recebeu reforço de segurança de Bauru, São José do Rio Preto e Presidente Prudente. Borges recomendou que a população aguarde em casa enquanto o trabalho da polícia é feito, e acrescentou que os criminosos podem ter esparramado artefatos explosivos nas vias enquanto fugiam. “Eles colocaram barricadas nas rodovias principais, atearam fogo em carros e caminhões”, disse.
Segundo a polícia, os moradores devem ficar dentro de casa até segunda ordem, pois, há diversos explosivos ainda espalhados pela cidade.
Explosivos
A polícia informou que os criminosos deixaram explosivos em pelo menos 14 pontos da cidade, incluindo em um caminhão deixado em frente a uma das agências atacadas. Estima-se que a quadrilha tenha pelo menos 15 integrantes. Eles teriam utilizado drones para monitorar a ação e se esquivar dos policiais, tanto na chegada à cidade quanto na fuga para a zona rural.
Pelo menos duas agências bancárias tiveram seus caixas danificados por ação de explosivos, e outras tiveram disparos de arma de fogo. Durante a fuga, veículos utilizados no assalto foram deixados para trás com munição e armas de grosso calibre, como fuzis e “miguelitos”, artefatos de metal utilizados para furar pneus.
Ainda segundo a Polícia, os criminosos incendiaram veículos em locais estratégicos para dificultar o acesso à cidade. A quadrilha ateou fogo em carros deixados nas pontes do Rio Tietê em Buritama e Santo Antônio do Aracanguá, no trevo de Guararapes, na praça de pedágio em Glicério e no centro de Araçatuba.
O designer gráfico Amylton Quirino de Oliveira estava na cidade durante o assalto e relata ter começado a ouvir tiros contínuos a partir da meia-noite. Mais tarde, passou, também, a ouvir explosões muito fortes. Da janela do hotel em que estava, no centro, ele diz ter visto um caminhão incendiado para impedir o trânsito, carros passando em alta velocidade e pessoas correndo. “O som das bombas explodindo era muito forte, parecia uma zona de guerra”, disse.