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Crime em São Pedro: marido de vítima que foi assassinada por suposto ladrão é preso

Fotos: Mateus Medeiros/Rápido no Ar

A Polícia Civil de Piracicaba (SP), por meio da 1ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG)/Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) prendeu, na tarde desta quarta-feira (20), o marido de Vanessa Veroneze Francisco, 36 anos, sequestrada e assassinada, no início deste mês, em São Pedro (SP), sendo o corpo encontrado a um quilômetro da residência do casal, no Alto da Serra.

No dia do crime, segundo já divulgado pelo Rápido No Ar, a polícia foi acionada para atender, a princípio, uma ocorrência de latrocínio (roubo seguido de morte), onde o marido de Vanessa contou à polícia que já era tarde da noite quando alguém bateu à porta.
Pensando que fosse um irmão dela, a mulher abriu a porta e sua casa foi invadida por um homem armado, encapuzado, com luvas, e que sequestrou o casal.

De acordo com o delegado Marcel William de Oliveira Sousa, titular da 3ª Delegacia de Homicídios da 1ª DIG/DEIC, tão logo a Polícia Militar de São Pedro foi comunicada sobre o crime a Polícia Civil entrou em ação, acionou a perícia e foram coletados materiais passíveis de serem periciados.

Posteriormente a isso, aconteceu a localização da arma de fogo que já está sendo periciada para ver se é a arma do crime, “Neste mesmo foram encontrados manuscritos numa parede, na propriedade do casal, onde a pessoa (executora do crime) indicava onde estava a arma e denunciava quem seria o mandante”, destacou o delegado.

Logo, segundo o Dr. Marcel, familiares da vítima passaram a receber, via WhatsApp, áudios que também denotariam teores de ameaças, no mesmo sentido que os dizeres da parede. “Ouvimos os familiares, foi desencadeado trabalho de coordenadas geográficas e, três dias depois, o marido da vítima subscreveu uma carta, que foi endereçada a uma pessoa, oferecendo uma versão a respeito dos fatos, que é incongruente”, explicou.

Posteriormente, segundo a autoridade policial, um investigador da DEIC recebeu um vídeo com uma nova dinâmica do acontecimento. “Conseguimos obtenção de elementos materiais que demonstram uma certa inconsistência nessas versões oferecidas pelo marido da vítima, que seria a única pessoa que poderia nos oferecer maiores subsídios para as investigações”.

Em decorrência disso, segundo o delegado, houve a representação pela prisão temporária do marido de Vanessa que, informalmente, continua negando seu envolvimento, mencionando a mesma versão inconsistente, mas a investigação continua para ver se há outras pessoas envolvidas.

Sobre o medicamento que ele disse ter sido obrigado a ingerir, e Vanessa também, a Polícia Civil requisitou coleta de material hematóide dele e também do corpo da mulher. No momento, são aguardados os laudos elaborados pelo Instituto de Criminalística.

A prisão temporária é de 30 dias, podendo ser prorrogável por mais 30, e depois, se surgirem mais provas que indicam que o marido tenha matado a esposa, a autoridade poderá representar pela prisão preventiva dele, a qual o manterá no cárcere até o julgamento.

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