Pode ser da adolescente Victória Lorrany Coutinho, de 14 anos, desaparecida desde o dia 21 deste mês de um bairro rural próximo à Charqueada (SP), o corpo do sexo feminino encontrado na manhã desta terça-feira (30), na estrada vicinal José Bologna, bairro Paraisolândia, numa área de vegetação rasteira, dentro de uma vala e coberto por capim.
No dia do desaparecimento (21), segundo divulgado pelo Rápido No Ar, a adolescente saiu falando que ia comprar um lanche. A última vez em que ela foi vista, segundo imagens de uma câmera, estava conversando com um motociclista. Foi uma conversa muito rápida, mas, na sequência, ele saiu e Victória, que se distanciou do alcance das imagens, desapareceu.
O cadáver ainda será submetido a exame necroscópico no IML (Instituto Médico Legal), de Piracicaba (SP), mas um primo da adolescente disse que pela roupa, piercings na barriga e na boca, é praticamente certeza que seja Victória.
Quem encontrou o corpo, por volta das 11h, foi um homem de 73 anos e que foi comunicar a polícia. Ele disse para a equipe do Rápido No Ar, no local, que recebeu um sinal, da parte de Deus, de que ele iria encontrar a menina.
“Fiquei essa noite inteira orando, para ter confirmação, e às 7h da manhã saí de casa levando minha Bíblia, marcada no Salmo 91, bolacha, pão, água e fui procurando”, declarou. “Eu falei: eu vou encontrar essa menina, viva ou morta. Quando atravessei a estrada vi um rastro de moto. Segui esse rastro e cheguei na moita com capim. Quando mexi no capim senti o cheiro. Ao que mexi ali vi o corpo”, declarou.
No local havia diversos moradores, sendo que todos praticamente se conhecem, e muitos estavam emocionados. Tudo indica que ela foi morta por asfixia, mas a equipe do IML também vai apurar se não houve abuso sexual. Exame de luva cadavérica também deverá ser colhido, uma vez que pode haver pedaços de pele embaixo das unhas dela, caso ela tenha lutado com o assassino.
Os pais de Victória receberam a informação, mas, devido ao abalo emocional, não foram até a área onde o corpo foi encontrado. Um advogado que representava a família dela informou que o crime pelo qual o autor vai responder não se inicia a partir de um homicídio e sim do sequestro. O criminoso também poderá responder por ocultação de cadáver, entre outros.
No local estiveram equipes da Deic, representadas pela delegada Juliana Ricci, das polícias Civil e Militar de Charqueada, e do Instituto de Criminalística.