A Defesa Civil de Cordeirópolis intensificou neste mês sua campanha de prevenção a queimadas com ações educativas voltadas à população urbana e rural. O objetivo é reduzir os focos de incêndio no período seco, quando a vegetação fica mais vulnerável e o clima favorece o alastramento do fogo.
Faixas com mensagens de alerta foram instaladas em pontos estratégicos da cidade, e agentes distribuem panfletos com orientações sobre como agir para evitar queimadas. Segundo o órgão, a participação da população é essencial para prevenir danos ambientais, riscos à saúde e prejuízos à segurança pública.
SAAE publica decreto e detalha situação hídrica
Em paralelo, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) emitiu um decreto de alerta hídrico que restringe o uso de água potável para atividades não essenciais, como lavar calçadas e veículos. A medida é preventiva e busca conscientizar a população sobre o uso responsável da água, sem adotar, por enquanto, um regime de rodízio.
Cordeirópolis conta atualmente com três pontos de captação: Santa Marina 1, Barro Preto e Cascalho. O ponto de Ibicaba foi desativado no fim de 2023 por inviabilidade operacional. A cidade também opera com duas cavas de argila como reserva estratégica, uma delas pertencente a Santa Gertrudes e sob disputa com outra concessionária de saneamento.
Sistema de abastecimento passa por revisão
A atual administração do SAAE identificou diversos problemas estruturais no sistema hídrico. Entre eles, bombas com defeitos, motores fundidos e o desaparecimento de mais de 3 mil metros de tubos entre 2019 e 2025. Também foram herdadas dívidas com fornecedores e órgãos reguladores, que estão em processo de quitação.
A represa de Santa Marina, antes anunciada com capacidade de 1,5 bilhão de litros, foi reavaliada e hoje estima-se que comporte cerca de 400 milhões de litros – suficiente para apenas 45 dias de consumo do município. A comporta da represa será reparada em setembro, exigindo o esvaziamento temporário do reservatório.
Crescimento urbano pressiona o sistema
Outro ponto de atenção destacado pelo SAAE foi a liberação de 12 novos loteamentos em 2024, mesmo sem estrutura de saneamento básica. Segundo o órgão, essa expansão pode comprometer o sistema de abastecimento, que já opera com 90% da capacidade.
A atual gestão afirma que está reestruturando o SAAE com foco em planejamento técnico, equilíbrio financeiro e segurança hídrica, além de preparar o projeto executivo para a construção de uma nova adutora com recursos de um convênio de R$ 5 milhões.

