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Confira dicas de especialistas que podem ajudar a combater o tabagismo

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que mais de 50 tipos de doenças podem ser provocados pela nicotina e substâncias contidas no cigarro e em derivados, como cigarro de palha, charuto, cachimbo, fumo de rolo ou narguilé.

Com isso, é importante solicitar ajuda médica no caso dos dependentes do tabaco que desejam parar de fumar. Diretora do programa de combate ao tabagismo do Instituto do Coração, a cardiologista Jacqueline Scholz afirma que usar os adesivos de nicotina é uma boa alternativa para enfrentar o desafio. No entanto, a ação não é suficiente.

“Os adesivos servem para pessoas com uma dependência não muito elevada, mas existem outros medicamentos eficazes que são complementares ou podem substituir esse método”, explica.

Vale destacar que a nicotina é uma droga capaz de melhorar concentração e os fumantes podem sentir calma ao fumar. “Pessoas que param de fumar sem uma assistência adequada podem ficar deprimidos ou extremamente ansiosos. Isso faz com que voltem a fumar e achem que não é possível conseguir parar”, alerta a médica.

Orientações
Para evitar recaídas, troque o cigarro por algo que te dê prazer, como as atividades físicas. Elas serão capazes de melhorar a qualidade de vida e atua como uma válvula de escape.

“Além de ser uma doença crônica, o tabagismo também é considerado uma dependência química, que faz com que as pessoas iniciem precocemente. Além disso, é a porta de entrada para outras drogas”, ressalta Sandra Silva Marques, coordenadora estadual do Programa de Tabagismo do Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod).

O consultor Antônio Carlos Almeida, por exemplo, afirma não fumar constantemente. “O pouco que eu fumo já me incomoda, porque a gente vai perdendo o apetite, não se alimenta direito. É muito importante ter informação a respeito”, diz.

Segundo estudos, o fumo é a maior causa de morte evitável no mundo. De acordo com a OMS, 6 milhões de pessoas morrem em todo o mundo em decorrência do consumo de tabaco. O Estado de São Paulo foi pioneiro em implantar uma lei que cria ambientes livres no tabaco. O objetivo é proporcionar ambientes saudáveis e livres da fumaça do tabaco.

Diretora técnica do Centro de Vigilância Sanitária, Cristina Megid avalia que mudar comportamento é difícil, mas foi possível no Estado, em pouco tempo, mudar o comportamento das pessoas em relação a fumar em ambientes fechados.

“Havia uma discussão de que ocorreria um prejuízo econômico, mas foi comprovado que isso não aconteceu. A população aceitou e os empresários, em geral, também entenderam e contribuíram”, salienta. Com dez anos de existência, a Lei Antifumo conta com 94% de aprovação da população.

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