Nesta sexta-feira (29), mais de 92 milhões de brasileiros, entre trabalhadores com carteira assinada, aposentados e pensionistas, começaram a receber o tão aguardado 13º salário. Segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), a gratificação deve injetar cerca de R$ 321,4 bilhões na economia, o equivalente a 3% do PIB. Mas como usar esse dinheiro de forma inteligente?
Especialistas apontam que o 13º é uma ótima oportunidade para organizar finanças, quitar dívidas, montar reservas de emergência ou até mesmo investir. O planejamento, segundo economistas, é fundamental para garantir que esse valor extra traga benefícios duradouros.
Dicas para usar o 13º salário com inteligência
1. Priorize a quitação de dívidas
Se você tem dívidas com juros altos, como cartão de crédito ou cheque especial, priorize a quitação desses valores. Renegociar com credores para obter descontos também pode ser uma boa estratégia.
2. Monte uma reserva de emergência
Guardar parte do 13º para imprevistos é essencial. Especialistas recomendam que a reserva cubra de três a seis meses de despesas e seja aplicada em ativos de baixo risco e alta liquidez.
3. Planeje os gastos do início do ano
Use parte do valor para cobrir despesas como IPTU, material escolar ou matrícula de cursos, evitando apertos financeiros em janeiro.
4. Evite novas dívidas
Embora o dinheiro extra traga uma sensação de alívio, evite compras por impulso ou assumir compromissos financeiros desnecessários.
5. Faça investimentos
Separe uma quantia para aplicar em investimentos. Dependendo do seu perfil, você pode optar por fundos, CDBs ou poupança, com foco em objetivos futuros como aposentadoria ou aquisição de bens.
6. Reavalie gastos e contratos
Aproveite o momento para revisar assinaturas, tarifas bancárias e serviços que você não usa, otimizando ainda mais o seu orçamento.
Impacto na economia
Além de ajudar as famílias a se organizarem financeiramente, o pagamento do 13º também movimenta setores como comércio, turismo e serviços, com aumento na demanda por produtos e experiências natalinas.
Mariel Angeli Lopes, supervisora do Dieese, destaca o papel do 13º como motor econômico: “Esse acréscimo no final do ano aquece diversos setores e contribui para o desenvolvimento econômico.”