O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Prevenção ao Crime Organizado) e a Polícia Civil esclareceram o furto a uma clínica médica em Limeira (SP) ocorrido há 20 dias. A ação envolveu policiais civis da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) sob o comando do delegado Willian Marchi e o promotor Luiz Alberto Segalla Bevilacqua.
As investigações apontaram que o furto foi praticado por uma organização criminosa formada por colombianos. Um dos acusados de envolvimento no crime em Limeira foi preso na ação.
O furto foi descoberto pelo proprietário na manhã do dia 20 de outubro. Os criminosos levaram equipamentos usados em exames de endoscopia. O caso foi investigado pela DIG e também pelo Gaeco, pois as evidências apontavam para ação de uma organização criminosa.
Na denúncia o Ministério Público elencou outros casos semelhantes que ocorreram por diversas cidades do país e todos tiveram as mesmas características; foram praticados por colombianos e os alvos foram clínicas, hospitais e outros estabelecimentos médicos.
Apesar de o caso ser esclarecido uma semana após o furto, os envolvidos tentaram dificultar a identificação dos membros da organização. Para chegar aos autores do crime, a investigação contou com imagens de sistema de monitoramento, que identificou o carro ocupado por um casal.
Mandados de busca e também de prisões foram solicitados pelo promotor. Ações na favela da Brasilândia, na capital paulista, foram realizadas com auxílio de policiais do 45º Distrito Policial de São Paulo (SP).
Durante a investigação, foi descoberto que a maior parte do material estava numa empresa especializada em transportes internacionais e que, por conta de uma conferência de material, os responsáveis deveriam comparecer no local para regularizá-la e, somente após essa ação, os objetos furtados em Limeira seriam despachados para a Colômbia, mais precisamente para o município de Bogotá.
Como os acusados deveriam ir à empresa para a regularização da situação, investigadores fizeram uma campana por mais de um dia no local, até que conseguiram capturar no dia 28, um colombiano de 36 anos, morador do Jaraguá, em São Paulo.
Ele chegou a fornecer informações falsas para os policiais, e depois de ser trazido para Limeira, o acusado confessou que esteve na cidade com a namorada (ainda não encontrada), para furtar a clínica.
Na denúncia, o MP reuniu outras provas que relacionam o colombiano ao crime, como a localização do celular próximo da clínica.
O trabalho dos policiais com o Gaeco resultou na recuperação de 70% do material furtado, que foi devolvido ao proprietário da clínica.
O Ministério Público informou que o homem é acusado de organização criminosa, furto qualificado e lavagem de dinheiro. Ao término do processo, a Polícia Federal vai analisar a possibilidade de expulsar do país os colombianos envolvidos na ação criminosa.