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“Cheguei ao limite. Não tenho mais recursos”, diz proprietário das academias Fitness em Limeira

Proprietário das academias Fitness em Limeira (SP) e educador físico, o empresário Adilson Ribeiro, de 46 anos, diz que chegou ao limite após quatro meses sem poder abrir seus estabelecimentos. Ribeiro, assim como outros empresários do mesmo ramo, pede a reabertura das academias e acredita que o tempo mínimo para recuperar o prejuízo será de um ano.

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Há 22 anos na atividade, o empresário se diz desamparado. “A relação com nossos clientes sempre foi de muita parceria e confiança. A maioria pede a reabertura, pois a saúde de muitos está debilitada e esse seria um momento importante para cuidar da saúde. Atualmente, estou sem nenhum tipo de apoio financeiro, seja de órgão municipal, estadual ou federal. Sem poder trabalhar há quatro meses, nenhuma empresa, por mais sólida que seja, resiste tanto tempo. Todos os recursos possíveis já foram usados”, descreveu.

Para tentar cobrir as despesas, o empresário menciona que chegou a fazer atendimento personalizado e alugar equipamentos, mas as ações não são suficientes. “Temos um sistema de clientes mensalistas, mas com o estabelecimento fechado, não há pagamentos. Tenho feito atendimentos personalizados, como em praças, e aluguéis de equipamentos, mas isso não cobre as despesas”, completou.

FECHAMENTO DO COMÉRCIO
Na opinião de Ribeiro, o fechamento do comércio ocorreu no momento errado. “O erro ocorreu desde o início da pandemia, quando o comércio fechou antes da hora, causando no município uma grande destruição financeira. Estamos de joelhos, implorando para que possamos voltar ao trabalho, cuja atividade só proporciona saúde, bem-estar e qualidade de vida às pessoas”, disse.

Para o empresário, o isolamento deveria ser às pessoas do grupo de risco, sobretudo dos idosos, e a população poderia ser melhor orientada. “De forma alguma poderia deixar que a economia chegasse ao colapso. As ações devem ser preventivas. Estou buscando as poucas formas de trabalhar honestamente. Trabalhamos como prestadores de serviços, função que exige estar presente junto ao cliente, pois somos educadores físicos. Diariamente somos atacados como disseminadores do coronavírus, mas será que isso somente ocorre em academias? Temos consciência de todas as normas necessárias para não colocar nossos clientes em risco. Infelizmente hoje já não suporto, cheguei ao limite e estou sem recursos”, finalizou.

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