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Cetesb identifica origem da poluição que causou morte de peixes no Rio Piracicaba

Peixes mortos flutuando em água poluída no Rio Piracicaba

Foto: Mateus Medeiros/Rápido no Ar

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) coletou amostras da água do Rio Piracicaba após a morte de milhares de peixes no último domingo (7). O órgão comunicou nesta terça-feira (8) que identificou a origem da poluição: uma usina de açúcar e álcool na região estava despejando resíduos industriais no rio. A Cetesb informou que o lançamento de efluentes já foi interrompido.

Mesmo com a cessação do despejo, ainda havia peixes mortos flutuando nas margens do rio na manhã desta terça-feira. A Cetesb alerta a população a evitar contato direto com a água do rio e a não manipular ou consumir os peixes mortos encontrados.

A companhia informou que um relatório parcial sobre o caso será divulgado na quarta-feira (10). Equipes da Cetesb monitoram a operação da usina responsável pelo despejo para evitar novos incidentes.

“A Cetesb recebeu denúncias no domingo (7) e imediatamente enviou equipes para investigar, em conjunto com o Serviço Municipal de Água e Esgoto (SEMAE), o Pelotão Ambiental da Prefeitura de Piracicaba e a equipe de operação da Barragem de Salto Grande. A origem do derramamento foi identificada e cessada”, declarou a Cetesb em nota.

O Sistema de Monitoramento da Qualidade da Água (Simqua) está acompanhando a recuperação do rio. Na tarde de 9 de julho, a estação automática de Piracicaba registrou uma melhora nos níveis de oxigênio dissolvido na água, indicando condições mais favoráveis para a vida aquática. O Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) vai instalar uma segunda sonda de monitoramento para aprimorar as análises e reforçar a fiscalização na área.

Como medida paliativa, o Comitê das Bacias Hidrográficas sugeriu a liberação de mais água do reservatório de Americana para melhorar a qualidade da água. O órgão também solicitou uma investigação para determinar se o despejo foi acidental ou intencional e defendeu ações punitivas e a implementação de infraestrutura adequada para coleta e tratamento de esgoto e efluentes.

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