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Catarata: uma doença que atinge 7 entre 10 idosos, a partir dos 70 anos

A catarata é uma condição progressiva que acomete a lente natural da visão que é o cristalino, localizado no interior do olho atrás da íris e junto da córnea. O cristalino é responsável pela convergência dos raios de luz para a retina possibilitando a formação da imagem.

O cristalino se opacifica com a idade e leva aos sintomas da catarata, que incluem ofuscamento às luzes, perda de contraste e diminuição de visão, podendo levar à cegueira nos estágios avançados. “O cristalino deve ser transparente. E é justamente a perda dessa transparência que leva à catarata, impedindo a formação nítida da imagem na retina”, explica o oftalmologista Renato Neves, presidente da Sociedade Brasileira de Ceratocone e da Fundação Eye Care.

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Com a evolução da catarata, o cristalino ganha tons amarelados, marrons ou negros, dependendo do grau de progressão da doença. “Há fatores externos que podem interferir no processo natural de envelhecimento do cristalino e agravar ainda mais o quadro, como o uso de corticoides, um trauma ocular, a exposição prolongada ao sol, o tabagismo e o consumo excessivo de álcool”, enumera o especialista. Não há tratamento clínico para a catarata, apenas cirúrgico, e quanto mais precoce for o procedimento maiores são as chances de sucesso no tratamento da doença.

Nos últimos anos, grandes avanços foram obtidos com as novas técnicas para a remoção da catarata. “A cirurgia da catarata se faz uma única vez. A lente implantada nunca mais é trocada e irá acompanhar o paciente pelo resto da vida”, pontua o médico.

A utilização do laser aumenta muito a precisão dos passos da cirurgia, garantindo maior segurança durante o procedimento. O uso do laser permite, na maioria dos casos, a diminuição da necessidade do uso de óculos para longe e para perto, associado a lentes intraoculares especiais. Duas telas permitem ao cirurgião ver a imagem do olho em tempo real determinando com precisão as estruturas que serão tratadas, o equipamento ainda conta com um tomógrafo de coerência ótica de precisão milimétrica. “Após a visualização em 3D, o cirurgião determina exatamente o tamanho, profundidade da incisão e capsulotomia.

A espessura do cristalino também é determinada de forma precisa e marcada para dissolução da catarata”. As novas tecnologias das lentes – que entram dobradas por uma pequena incisão, menor que três milímetros – permitem uma melhora da visão em condições de baixa luz e fornecem proteção aos raios ultravioletas, pois possuem materiais e filtros especiais.

As lentes corrigem erros de refração como miopia, astigmatismo e hipermetropia, calculados por aparelhos precisos que levam em conta as diferentes condições de cada olho e todas as suas medidas.

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