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Caso Aline: Preso por morte de jovem cospe em repórter, que revida com microfone

Heronildo Martins de Vasconcelos, de 45, preso por estuprar e matar a jovem mãe Aline Dantas, de 19 anos, que desapareceu no dia 8 de setembro, após sair de casa para comprar fraldas para seu bebê, em Alumínio, cidade do interior de São Paulo, cuspiu na repórter Elisângela Carreira, da Rede Bandeirantes, no momento em que era conduzido por policiais na noite de quarta-feira (2) e a jornalista tentava falar com ele.

Nas imagens, é possível ver o homem cuspindo na jornalista e ela, por sua vez, reagiu com o microfone. Imediatamente, a repórter pegou o microfone começou e bateu no assassino de Aline. “Seu lixo! Você matou a Aline? Você matou? Você tem filha? Levanta a cabeça! Você tem filha? Você cuspiu na minha cara! Lixo! Covarde! Você destruiu uma família! Para matar você é homem! Responde agora! Lixo”, gritou a repórter. Assista:

O porteiro desempregado, que mora na mesma cidade da vítima, foi preso em casa, ontem (2), pela equipe da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Sorocaba, que investiga o crime. Vasconcelos nega as acusações, mas teve a prisão temporária decretada pela Justiça.

Conforme a polícia, ele não conhecia a vítima ou sua família e a escolheu por acaso. Os exames indicaram que a Aline foi estuprada antes de ser morta. Ela resistiu ao ataque e lutou com o agressor, conforme indicaram marcas nos braços.

Exames de DNA mostraram que resíduos de esperma encontrados na vítima eram compatíveis com material colhido do suspeito. Também deu positivo o exame feito com pedaços de pele colhidos sob as unhas de Aline. Vasconcelos já tinha passagem na polícia por tentativa de estupro, em 2012.

Aline deixa uma filha de um ano e 9 meses.

Aline saiu para comprar fraldas para a filha de 1 ano e 9 meses e não voltou para casa, na região do bairro Pedágio. Imagens de câmeras mostram a jovem caminhando em direção a uma farmácia, no interior do estabelecimento e voltando para casa.

Uma das gravações mostra um homem seguindo a jovem quando ela decidiu cortar caminho por uma trilha, em um trecho de mata. Segundo a polícia, esse homem seria Vasconcelos.

Na manhã seguinte ao ataque, ele foi a um velório, furtou uma garrafa de álcool gel e voltou ao local do crime para incinerar o corpo, encontrado parcialmente queimado.

A família deu queixa do desaparecimento da jovem, e as buscas foram iniciadas no mesmo dia. Além da polícia, que usou cães farejadores, vizinhos e moradores se mobilizaram. O corpo foi encontrado três dias depois, em meio à mata.

A polícia ouviu 30 pessoas e analisou mais de 100 horas de imagens recolhidas em câmeras de vigilância e monitoramento. Também foram colhidas amostras para exames de DNA de quatro suspeitos, entre eles o homem preso.

Vasconcelos vai responder pelos crimes de estupro e homicídio qualificado. Até a manhã desta quinta-feira, 3, o suspeito não tinha constituído advogado para sua defesa e, por isso, a reportagem não conseguiu contato.

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