O zagueiro Gabriel Hilário não vai para o futebol tailandês antes do término do Campeonato Paulista da Segunda Divisão. Quem garante é o investidor do clube, Saulo Roncatto.
A notícia de que o artilheiro do time com quatro gols iria embora ainda nesta semana deixou os torcedores galistas preocupados.
Além de capitão e artilheiro, Hilário exerce uma liderança muito grande no elenco. E sábado tem jogo decisivo contra o Tanabi, às 16h, no Pradão.
“Sobre a situação do Hilário, foi deixado claro com os agentes que o jogador só vai após o término da competição e se mudarem ainda algumas questões contratuais que pedi. Então ele joga sim até o acesso. Tem planejamento, tem regra. Não é bagunçado não. Perder um dos líderes véspera de decisão não faz parte dos nossos planos”, disse Saulo.
O próprio Hilario quer jogar e subir o Galo. Em nenhum momento ele colocou o dinheiro em primeiro lugar.
Apertou, chama o zagueiro artilheiro
O Independente segue com chances reais de acesso para a Série A-4 do Campeonato Paulista. Um dos grandes responsáveis por essa arrancada é o capitão Gabriel Hilário.
O limeirense já tem quatro gols na Bezinha, todos eles de cabeça. E a comemoração é sempre a mesma: batendo continência.
Por ser da cidade, Hilário sempre foi o mais cobrado pela torcida, principalmente no primeiro turno da fase inicial, onde o Galo somou apenas um ponto em quatro partidas.
Feroz dentro de campo – usa até barba comprida para impressionar -, mas muito tranquilo fora de dele, Hilário continuou trabalhando. Por várias vezes ia no alambrado pedir calma aos torcedores, mas em troca ouvia xingos e cobranças excessivas.
Mas Hilário não é líder por acaso. Ele sabia que a tempestade em algum momento iria passar e que os resultados viriam. O xerife frisava nas entrevistas que não entendia o que estava acontecendo, pois na sua opinião, o Independente tem um dos melhores times da divisão.
E o tempo mostrou que ele tinha razão. Foram quatro vitórias seguidas, duas delas de goleada em Guarulhos. E a classificação heroica para a segunda fase veio com dois gols de cabeça do zagueiro, na goleada de virada sobre o São Carlos por 5 a 1, no Pradão.
Hilário gostou de marcar e no jogo seguinte, contra o Mauaense, também no Pradão, abriu o placar para o Galo na sua especialidade: o jogo aéreo. Pena que o alvinegro não segurou a vitória e sofreu o empate no fim.
E o seu quarto gol veio no sábado passado, na dramática vitória sobre o Assisense por 3 a 2, no Pradão. Aproveitando mais uma assistência do maestro Luan, o defensor meteu a cabeça na bola para fazer o 2 a 1. O jogo terminou 3 a 2, com o novato Allan Venâncio marcando aos 51 minutos do segundo tempo.
Na saída, Hilário batia forte no peito (que deixou até marcas) e afirmava que esse ano era do Galo e que tudo no Pradão é mais difícil. O xerife também gritava para todos ouvirem: “acreditem, acreditem, acreditem, nosso time é bom”.
Hilário, que é fã da pizza da Don Francesco, do amigo Du Caires (e é agraciado nos gols), acredita plenamente no acesso. E seria um presente para o seu pai.
“Eu estava no São Carlos e tinha várias propostas, mas aceitei vir para cá para dar essa alegria ao meu pai. Eu queria que ele me visse de perto. Me acompanhasse no dia a dia. me visse vencer. Tem sido uma experiência fantástica, ainda mais pelos gols que tenho marcado. É o combustível que eu precisava para continuar trabalhando. Estou muito motivado”, salientou.
Hilário não esqueceu de rasgar elogios ao técnico Lúcio Borges. “Ele nos trouxe a confiança de volta. Fez todo nosso time acreditar que daria para chegar. Apesar de jovem, o Lúcio é muito inteligente em todas as suas ações e sabe extrair o máximo de cada um. Ele é coerente. A gente acaba dando o máximo de si em campo por nós e por ele. É um treinador de muito futuro”, elogiou.
Restam mais duas batalhas até o jogo do acesso. O Independente terá o líder Tanabi, sábado, às 16h, no Pradão. É jogo de vida ou morte mais uma vez. Uma vitória deixará o alvinegro a um empate das semifinais.
Agora, se empatar, terá que decidir a sua sorte em Mauá na última rodada. Já em caso de derrota, o Indepedente teria que torcer para que Assisense e Mauaense, que jogam um dia antes, empatem no Tonicão. Neste caso, o Galo teria que vencer em Mauá e ainda torcer por uma vitória do Tanabi diante do Assisense, em Tanabi.
Mas neste momento, o elenco quer evitar fazer contas. O objetivo é um só: vencer o líder. O Tanabi tem apenas uma derrota em todo campeonato (2 x 0 Santacruzense), mas vem de dois empates sem gols diante do Mauaense.
“Não tem bicho papão nesta divisão. Pode ter certeza que o Tanabi está com receio da gente. A gente vai fazer um grande jogo sábado, pode escrever aí”, completou. No primeiro turno desta fase, o Tanabi venceu o Independente por 2 a 0.