Por meio da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo promove atividades voltadas à qualificação dos profissionais ligados à pasta. Por isso, a sede da coordenadoria recebe, até a próxima sexta-feira (25), as ações do curso em Análise de Sementes de Espécies Olerícolas.
Cerca de 15 analistas e responsáveis técnicos de oito laboratórios de análise de sementes dos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás participam da capacitação, realizada no Departamento de Sementes, Mudas e Matrizes (DSMM). A atividade é realizada em parceria com a Fundação de Apoio à Pesquisa Agrícola (Fundag) e apoio da Comissão de Sementes e Mudas, da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq/USP) e da Associação Brasileira de Comércio de Sementes e Mudas.
“O treinamento é uma das exigências do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que solicita que os laboratórios de análise de sementes tenham um sistema de gestão da qualidade implementado com base nos requisitos específicos. A capacitação dos profissionais de análises de sementes é fundamental”, explica a diretora do Laboratório do DSMM e coordenadora técnica do curso, Patrícia Cursi.
Referência
O conteúdo inclui os seguintes temas: legislação para importação de sementes; normas e padrões da qualidade, recebimento e registro de amostras; análise de pureza, definição de sementes puras para as espécies em estudo, verificação de espécies; e teste de germinação entre outros.
“O Laboratório Central de Sementes e Mudas é uma referência em análise de sementes devido à capacidade de seus profissionais, que, ao longo dos anos, sempre trabalharam para colaborar com o sistema nacional de produção, bem como estiveram presentes na proposição de normas, padrões e metodologias de análise de sementes”, avalia Ricardo Lorenzini, diretor do DSMM.
Em 2016, o espaço da Cati recebeu nota máxima no teste de proficiência organizado pela International Seed Testing Association, instituição internacional da qual o laboratório é membro associado desde 1976. Foram avaliados análise de pureza, determinação de outras sementes por número e identificação de espécies, teste de germinação e teste de viabilidade em sementes.
“Sementes limpas e saudáveis favorecem o plantio. A análise permite que possamos identificar a porcentagem de sementes puras e separá-las de outras que prejudicam a agricultura, pois competirão, no campo, por água, luz, nutrientes e espaço físico. Além disso, algumas invasoras fazem mal à saúde dos consumidores”, destaca Doris Groth, engenheira agrônoma, autora de livros, ex-funcionária da Secretaria de Agricultura de Porto Alegre, docente aposentada pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e consultora.
Aperfeiçoamento
De acordo com Simony Batista de Carvalho, que atua em um laboratório de Uberlândia, em Minas Gerais, e trabalha há 30 anos na área, o aperfeiçoamento profissional é essencial. “Neste curso, conheço sementes diferentes e aprendo a identificar detalhes que antes passavam despercebidos. Eu tinha os livros, mas não sabia como utilizá-los a favor de minha atuação. Agora, sei que faz uma grande diferença consultar os materiais para conhecer, por exemplo, a morfologia das sementes e identificar a família a que pertencem”, avalia.
Carolina Haeck Meijerink, profissional contratada recentemente por um laboratório de Holambra, no interior paulista, demonstra satisfação com o aprendizado oferecido pelo curso. “Já atuei em outro Estado, com grandes culturas, e agora trabalharei com hortaliças. Os instrutores são bem capacitados e nos transmitem as informações de forma bastante clara”, revela.