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Cai incidência de larvas do mosquito da dengue em Limeira

A Prefeitura de Limeira, por meio da Divisão de Controle de Zoonoses, divulgou nesta segunda-feira (2) a nova “Avaliação de Densidade Larvária” (ADL) do mosquito Aedes aegypti, referente ao mês de julho. O estudo apontou que o Índice de Infestação Predial caiu em Limeira, situando-se em 0,4%, resultado que coloca o município em condição “satisfatória” em relação à presença de criadouros. Conforme parâmetros do Ministério da Saúde, índice inferior a 1% indica condição satisfatória; de 1% a 3,9%, configura quadro de alerta; e superior a 3,9%, sugere risco. O último monitoramento, realizado em maio, apurou índice de 1,8% (alerta).

Para o estudo, agentes de controle de zoonoses visitaram 4.723 imóveis. Das oito áreas em que o município foi dividido, todas apresentaram Índice de Infestação Predial satisfatório. As regiões com menor Índice de Infestação, de 0,17%, foram as áreas 4 (Cecap, Ouro Verde e Nossa Sra. do Amparo) e 5 (Graminha, Lagoa Nova e Aeroporto). Por outro lado, a área 1, que abrange os bairros Boa Vista, Egisto Ragazzo e Anavec, apresentou maior Índice de Infestação, de 0,87%.

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Segundo a chefe da Divisão de Controle de Zoonoses, Pedrina Aparecida Rodrigues Costa, foram localizados 1.796 recipientes nos imóveis pesquisados. Desse total, 878 (48,9%) estavam em “situação de risco”, ou seja, armazenavam água no momento da visita dos agentes. Dentro desse universo, 22 (2,5%) continham larvas do mosquito.

Quando ao perfil dos recipientes, a maior parte era de garrafas retornáveis (582 unidades), seguidas de peças ou sucatas de máquinas ou veículos (504), latas e frascos inservíveis (232), pratos de vasos de plantas (92) e lonas/encerados plásticos (62).

Contudo, o maior número de larvas positivas para o mosquito estava em baldes e regadores: das 46 unidades identificadas, 24 abrigavam larvas do mosquito. “O que mais chama a atenção é que 46,9% dos recipientes eram passíveis de remoção e outros 47% são móveis, ou seja, poderiam ser guardados em local coberto”, frisou Pedrina.

De acordo com o levantamento, apenas 3% dos criadouros eram fixos, como ralos externos e internos. “Esse dado nos mostra a importância do trabalho “casa a casa”, em que os agentes orientam os moradores sobre a necessidade de remanejamento de recipientes que possuem utilidade e eliminação daqueles que não têm mais serventia”, destacou Pedrina.

As ações de controle da dengue, segundo Pedrina, seguem intensas. De janeiro a julho deste ano, foram realizadas 315.882 visitas a imóveis, 1334 visitas a Pontos Estratégicos, 597 vistorias para atender solicitações do Sistema 156, 466 visitas a Imóveis Especiais (com grande aglomeração de pessoas), 117 ações educativas (palestras exposições e outros) e 19 mutirões.

A chefe da Divisão salienta que esse trabalho é interdisciplinar e conta com o envolvimento de várias secretarias municipais. A Divisão de Fiscalização de Posturas, por exemplo, emitiu no período 1.437 notificações e 141 autos de infração para limpeza de terrenos e imóveis abandonados. Já a Secretaria de Obras e Serviços Públicos fez a retirada de 668.890 quilos de materiais inservíveis na operação “Só Cacareco”, 34.650 quilos nos mutirões e 133.300 quilos nas ações de limpeza compulsória. “A gestão do prefeito Mario Botion tem feito sua parte, com trabalho intenso e interdisciplinar, porém, a população também precisa fazer sua parte, vistoriando o próprio imóvel pelo menos dez minutos por semana”, recomendou.

Atualmente, o município registra 953 casos de dengue e outros 1.156 estão abertos. O diretor de Vigilância em Saúde, Alexandre Ferrari, observa que a Avaliação de Densidade Larvária é um instrumento que permite a tomada de decisões quanto às áreas que merecem maior trabalho de conscientização e controle. “O município permanece em estado de alerta e os esforços para controle do vetor continuam intensos, sobretudo com a aproximação do verão e o período chuvoso”, comentou.

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