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Cães do 10º BAEP passam por treinamento especializado com instrutores do 5º Batalhão de Choque

Foto: Divulgação/10º BAEP

Um bom cão para guarda e proteção deve ser confiável, seguro, tenaz, persistente, controlado, controlável, estável, ter nervos firmes, coragem, obediência, ter noção hierárquica e muita disciplina. Esses são quesitos que o efetivo do 10º BAEP (Batalhão de Ações Especiais de Polícia), de Piracicaba (SP), observam, como critério, na fase de aquisição canina do Batalhão, pois, na fase correta, o cão deve ter passado pelo processo de socialização e ambientação, porque a insegurança, o temperamento fraco e a agressividade extrema nos cães é indesejada.

Como em todas as modalidades de policiamento existentes no Batalhão, e que vivem em constante aperfeiçoamento, o mesmo é feito com os cães da unidade policial. No último dia 2 deste mês, 10 cães foram levados para treinamento especializado no 5º Batalhão de Choque (5º BPChq), da capital paulista, também conhecido como Canil Central.

O treinamento consistiu no deslocamento das equipes de São Paulo, capital, para Sumaré (SP), sob comando do 1º Tenente PM Sampaio, sendo que no período da manhã os tutores dos cães tiveram aula teórica e à tarde, com os animais, eles foram para a prática.

Foram treinados manejo, obediência, agressividade, abordagens com uso do cão, controle de presos, busca e captura de criminosos em mata fechada e outras atividades envolvidas no processo de formação de excelência do cão policial.

Do 10º BAEP foram treinados os cães Thor, Yran, Judá, Colt, Blaster, Dexter, Luger, Zamp Yans, Braddock e Pandora, todos da raça Pastor-belga malinois com pedigree, os quais são conduzidos por policiais do 10º BAEP altamente especializados pelo curso de Cinotecnia da Polícia Militar, além de cursos de especialista em faro, medicina veterinária e outros.

SURGIMENTO

O Canil Central da Polícia Militar do Estado de São Paulo foi inaugurado em setembro de 1950, com dois cães de origem argentina. Em 1953, foi manchete na segunda edição do jornal Diário da Noite, após um cão policial ter encontrado uma criança sequestrada, sendo o primeiro de muitos casos emblemáticos, no qual o cão “Dick” foi “promovido” a “Cabo da PM”.

O canil central é referência nacional em busca de pessoas desaparecidas em locais de difícil acesso, descoberta de criminosos escondidos em matas fechadas, controle de presos rebelados em penitenciárias, encontro de bombas, policiamento lado a lado com o policial em operações e cães de guarda e proteção.

Os caninos do 10º BAEP ficam baseados em duas sedes do canil – uma em Piracicaba (junto ao CPI-9) e outra em Sumaré (junto ao 48º BPM/I). As sedes obedecem à rigorosa normatização de padronização e condições de higiene e saúde para melhor qualidade de vida do cão, possuindo boxes individuais com solário, sala veterinária, boxes de quarentena e isolamento, sala administrativa, sala de ração, sala de materiais para treino, local para banho e campo de treinamento.

Os cães do 10º BAEP, de acordo com o Comando, permanecem sempre sob forte atenção e cuidados dos policiais especializados, veterinários do Batalhão e de civis eventualmente contratados, recebendo diariamente: duas alimentações, limpeza dos recintos (boxes), atividade física e treino técnico em sua grande parte envolvendo faro de drogas, ambientações, obediência, guarda e proteção, para depois estarem prontos para executarem seu trabalho nas ruas por até 06 (seis) horas diárias, apoiando as demais equipes do BAEP e da Polícia Militar da região no que for preciso dentro de suas atribuições e capacidades.

Para o Major PM Roney, subcomandante do 10º BAEP, que esteve presente às instruções ministradas pelo Batalhão de Choque, o BAEP deve ser grato ao Comando de Policiamento de Choque e ao canil central pela referência que são em treinamentos, normatização, pelo apoio veterinário nas visitas sanitárias periódicas e nos casos de emergências em que eles estão sempre à disposição.

“Pôde-se perceber o elevado grau de tecnicidade envolvido no treino, a preocupação com o bem-estar animal e a gana em combater a criminalidade de forma contundente com todas as ferramentas disponíveis sem trégua. Sem dúvida a ferramenta “cão” é das mais eficientes entre as quais dispõe o 10º BAEP, o CPI-9 e a Polícia Militar”, declarou o oficial.

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