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Brasil e EUA decidem hoje o ouro no futebol feminino

Rafael Ribeiro

Brasil e Estados Unidos decidem hoje, às 12h (de Brasília), quem leva a medalha de ouro no futebol feminino em Paris 2024.

Após quase não se classificar na fase de grupos, o Brasil cresceu na fase decisiva da competição. Nas quartas de final eliminou as donas da casa por 1 a 0. Na semifinal, bateu a Espanha por 4 a 2.

Os Estados Unidos chegam invictos. As americanas venceram todos os jogos da fase de grupos: Alemanha, Austrália e Zâmbia. Em seguida bateram o Japão por 1 a 0 nas quartas de final, gol de Trinity Rodman, filha do ex-jogador de basquete Dennis Rodman. Pelo mesmo placar contra a Alemanha na semifinal.

A final que acontecerá no Parque dos Príncipes terá um clima de revanche no ar. Isso porque, Brasil e Estados Unidos já realizaram duas decisões olímpicas, nos Jogos de Atenas-2004 e Pequim-2008. Em ambas as norte-americanas levaram a melhor, conquistando o ouro com duas vitórias na prorrogação.

O Brasil tem essas duas medalhas de prata no futebol feminino nas Olimpíadas. Além disso, foi vice-campeão da Copa do Mundo de 2007 e terceiro colocado no Mundial de 1999.

Já nos confrontos direitos desde 2008, a seleção brasileira conseguiu apenas um resultado positivo, em um amistoso que ocorreu em 2014.

Enquanto isso, a equipe dos EUA é tetracampeã olímpica (1996, 2004, 2008 e 2012), tem uma prata (2000) e um bronze (2020). Fora os quatro títulos da Copa do Mundo Feminina (1991, 1999, 2015 e 2019). É a seleção mais vitoriosa da modalidade.

Depois de ter sido expulsa nas quartas de final contra a França, a rainha Marta estará a disposição do técnico Arthur Elias.

O Brasil disputará seu sexto jogo oficial, mas na prática será o sétimo. Isto porque, somando os acréscimos nos jogos da fase de grupos e mata-mata, o Brasil enfrentou 114 minutos de tempo extra – equivalente a uma partida inteira e quase uma prorrogação.

O motivo para isso é uma aplicação mais rigorosa de uma recomendação da Fifa, que se iniciou na Copa do Mundo do Catar.

A tese da Fifa, passada para os árbitros, é de combater a perda de tempo no futebol, como substituições, atendimentos médicos, comemorações de gol e checagens de VAR, com acréscimos. Tudo que atrapalhar o andamento da partida – e nisso entra também a “cera” de jogadores para passar o tempo – deve ser acrescido pelo árbitro ao fim do jogo.

Somando futebol masculino e feminino na Olimpíada, o tempo extra passa da casa dos 800 minutos. No Catar, que iniciou essa tendência, 676 minutos foram acrescidos ao final dos tempos regulamentares – uma média de 10,5 a mais por partida.

No início da Copa, Pierluigi Collina, ex-árbitro da entidade, afirmou que a alteração fez com que o jogo tivesse, em média, 59 minutos da bola em campo. Na goleada da Inglaterra sobre o Irã por 6 a 2 – comandada pelo juiz brasileiro Wilton Pereira Sampaio – 27 minutos de acréscimo foram acrescidos aos 90 inicialmente previstos.

O que era exceção virou regra em Paris. Contra a Espanha, na semifinal, foram 30 minutos de tempo extra. Nas quartas, diante da França, foram 25.
Com os acréscimos elevados, a seleção terá jogado quase o mesmo tempo que a rival, que precisou de duas prorrogações para avançar até a decisão. Até aqui, foram 12 dias de competições.

Bronze

A Alemanha venceu a Espanha por 1 a 0, nesta sexta-feira (9), e conquistou a medalha de bronze do futebol feminino nas Olimpíadas 2024 em Paris. Ao marcar seu lugar no pódio dos Jogos Olímpicos, a alemães saem medalhistas pela quinta vez na história, sendo quatro bronzes e um ouro, em 2016.

Brasil x EUA
Brasil – Lorena; Tarciane, Thaís e Lauren; Angelina, Yaya, Kerolin; Yasmim, Adriana, Jhenifer e Gabi Portilho. Técnico – Arthur Elias.
Estados Unidos – Alyssa Naeher; Emily, Naomi, Tierna e Trinity Rodman; Lindsey Horan, Samantha Coffey e Crystal Dunn; Mallory Pugh, Sophia Smith e Rose Lavelle. Técnica – Emma Hayes
Local – Parque dos Príncipes, em Paris, na França, às 12h (de Brasília)

Vôlei feminino do Brasil disputa o bronze com a Turquia

Após perder para os Estados Unidos e ficar de fora da final, o Brasil volta à quadra hoje para disputar a medalha de bronze e garantir um pódio nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. A partida será contra a Turquia, às 12h15 (horário de Brasília), na Arena Paris Sul 1.

O Brasil chegou na semifinal com 100% de aproveitamento. A seleção havia derrotado o Quênia, Japão e Polônia, vencendo todos os jogos por 3 a 0.
A derrota contra os Estados Unidos repetiu um cenário conhecido pelo Brasil.

Em Tóquio 2020, o confronto entre brasileiras e americanas ocorreu na final, com a equipe verde e amarela se contentando com a medalha de prata. Os EUA fecharam em 3 a 2, parciais de 25/23, 18/25, 25/15, 23/25 e 15/11.

A equipe turca chega à decisão do bronze após perder na semifinal por 3 a 0 da Itália, parciais de 25/22, 25/19 e 25/22. A final acontece amanhã entre EUA e Turquia.

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