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Bolsonaro: apoiadores foram chamados de nazistas e vai ficar por isso mesmo?

Após tomar conhecimento de que a conclusão do inquérito sobre cortes em forma de suástica no corpo de uma jovem que havia afirmado ter sido atacada na rua, há duas semanas, em Porto Alegre, têm indícios de “autolesão”, o candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, partiu para o ataque contra o PT em suas redes sociais no final da manhã de quarta-feira, 24. O presidenciável acusou o Partido dos Trabalhadores de “mentir”, além de usar palavras como “canalhas” e “vagabundos” em suas mensagens.

>>Leia também: Perícia aponta automutilação em jovem que teve suástica marcada no corpo

Bolsonaro usou o Twitter e, em uma primeira mensagem, publicou “Quem espalha notícias falsas? CANALHAS! VAGABUNDOS! Sem mentir o PT não existe!”. Anexa à mensagem, uma publicação de Fernando Haddad (PT), seu rival no segundo turno da eleição presidencial, em que o candidato petista lamenta o suposto ataque sofrido pela vítima no Rio Grande do Sul logo após que as primeiras notícias sobre o caso foram publicadas. No tuíte de 10 de outubro Haddad diz que “há uma escalada da violência” e que “uma jovem de 19 anos foi praticamente sequestrada por três apoiadores de Bolsonaro e teve uma suástica entalhada no seu corpo com um canivete”.

Mais tarde Bolsonaro publicou outra mensagem. “Vão cobrar resposta sobre mais essa atitude suja ou fingir que nada aconteceu? Chamaram nossos apoiadores, homens, mulheres, idosos, pessoas de família, de nazistas a semana inteira e vai ficar por isso mesmo?”

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul concluiu que os cortes em forma de suástica feitos em uma jovem que disse ter sido atacada na rua, há duas semanas, em Porto Alegre, é um caso de “autolesão”. Segundo o delegado Paulo Sérgio Jardim, há indícios de automutilação ou de que tenham sido feitos de forma consentida. A jovem será indiciada por falsa comunicação de crime.

O laudo técnico da Polícia Civil conclui que “pode se afirmar com convicção que as lesões produzidas na vítima não são compatíveis com as que seriam esperadas, na hipótese de ter havido efetiva resistência da parte dela à ação de um agente agressor”.

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