A Secretaria de Saúde de Limeira confirmou nesta quinta-feira (7) a primeira morte provocada pelo sarampo em Limeira (SP) desde o início do surto da doença neste ano.
A vítima é um bebê de apenas 1 ano e dez meses. De acordo com a pasta, o óbito ocorreu em 26 de agosto, quando a criança foi internada em hospital do município com febre, tosse e chiado no peito. No mesmo dia, houve agravamento do quadro de saúde, ocasionando o óbito.
Na ocasião, o Serviço de Verificação de Óbito da pasta fez a coleta de exames para várias doenças, incluindo o sarampo, e atestou a morte por broncopneumonia.
Em 30 de agosto, o Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo – responsável pelas análises dos exames – emitiu um lado positivo para sarampo. Na época, a pasta solicitou uma nova análise, pois a criança já havia tomado as duas doses da Tríplice Viral, que protege contra o sarampo. Ontem (6) no final da tarde, o Adolfo Lutz emitiu um novo laudo, confirmando o resultado anterior.
MORTES
Com a morte deste bebê, as cidades paulistas já acumulam 13 óbitos no ano pela doença.
Antes da confirmação da primeira vítima fatal, no final de agosto, o Estado estava há 22 anos sem registrar mortes por sarampo.
De acordo com a secretaria da Saúde de São Paulo, as outras vítimas eram todas moradoras de municípios da Grande São Paulo: uma bebê de dez meses, de Itapevi, sem registro de vacina; um homem de 53 anos, de Santo André, e um menino de 1 ano, de Francisco Morato, ambos com condições de risco.
São consideradas pessoas com condição de risco os portadores de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, e imunodeprimidos, que podem ficar mais vulneráveis à infecção pelo sarampo e ao desenvolvimento de complicações da doença.
Anteriormente, já haviam sido confirmadas cinco mortes na capital, duas em Osasco, uma em Francisco Morato e uma em Itanhaém, no litoral. Das 13 vítimas da doença até agora, sete são bebês.
A secretaria também informou que o número de casos confirmados da doença chegou a 7.649 no Estado, dos quais 57% foram registrados na capital paulista, cidade mais afetada.
PREVENÇÃO
Até o final de outubro, 14 casos haviam sido registrados no município, a maioria em crianças com menos de 10 anos. Outros 14 casos estavam sendo investigados.
No último dado divulgado pela Prefeitura, a cidade já teria imunizado 349 crianças dentro da faixa etária estabelecida nesta primeira etapa da campanha. A ação integra uma estratégia preventiva de abrangência nacional e foi dividida em duas fases. Na primeira, o foco foi as crianças de seis meses a menores de 5 anos de idade (4 anos, 11 meses e 29 dias), que ainda não tomaram as doses preconizadas pelo Ministério da Saúde, aos 6, 12 e 15 meses.
Entre os dias 18 e 30 de novembro, ocorre a segunda fase da campanha, com vacinação voltada às pessoas de 20 a 29 anos. Para essa faixa etária, a recomendação é ter, pelo menos, duas doses da vacina.
O diretor de Vigilância em Saúde, Alexandre Ferrari, destaca que pais e responsáveis devem se conscientizar sobre a importância da imunização, por meio da vacina que também protege contra caxumba e rubéola. “A vacinação de rotina contra o sarampo continuará após a campanha e estará disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS), do município”, finaliza.
Confira os locais de vacinação, que funcionam de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 11h e das 12h30 às 16h. Para o procedimento, é necessário apresentar o Cartão de Vacinação.
Planalto
Rua Prof. Ely A. Campos, s/nº
Vista Alegre
Rua Alberto Pelegrino, s/nº
Cecap
Av. Fausto E. dos Santos, s/nº
Jd. Aeroporto
Rua Antonio de Luna, s/nº
Jd. Nova Europa
Elisa Stalberg, 366
Nossa Senhora das Dores 1
Av. Frei João das Mercês, 50
Nossa Senhora das Dores 2
Av. Vitório Bortolan, s/nº
Morro Azul
Rua Oswaldo Bertolini, 500
Pq. Hipólito 1
Rua Arlinda Abreu Ribeiro s/nº
Abílio Pedro
Rua Agostinho Gianoto, s/nº
Graminha
Rua Luis Pereira do Prado, 156
Nova Limeira
Rua José Fontanin, 179
Nova Suíça
Rua Vereador Samuel Berto, s/nº
Novo Horizonte
Rua Nelson F. da Silva, s/nº
Vigilância Epidemiológica
Av. Ana Carolina Barros Levy, 650
Leia a nota na integra:
Secretaria de Saúde de Limeira esclarece sobre morte confirmada de sarampo
A Secretaria de Saúde de Limeira confirmou nesta quinta-feira (6) a morte de uma criança de 1 ano e 10 meses com resultado positivo para sarampo. O óbito ocorreu em 26 de agosto, quando a criança foi internada em hospital do município com febre, tosse e chiado no peito. No mesmo dia, houve agravamento do quadro de saúde, ocasionando o óbito. Na ocasião, o Serviço de Verificação de Óbito da pasta fez a coleta de exames para várias doenças, incluindo o sarampo, e atestou a morte por broncopneumonia.
Em 30 de agosto, o Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo – responsável pelas análises dos exames – emitiu um lado positivo para sarampo. Na época, a pasta solicitou uma nova análise, pois a criança já havia tomado as duas doses da Tríplice Viral, que protege contra o sarampo. Ontem (6) no final da tarde, o Adolfo Lutz emitiu um novo laudo, confirmando o resultado anterior.
O secretário de Saúde, Vitor Santos, esclarece que trata-se de um caso atípico, de criança vacinada de acordo com as prerrogativas do Ministério da Saúde (MS), com rápida evolução para óbito.
Segundo o diretor de Vigilância em Saúde, Alexandre Ferrari, Boletins Epidemiológicos e Informes Técnicos do MS ressaltam que a vacina contra o sarampo, tomada na idade correta, apresenta 95% de eficácia. “Há um porcentual pequeno da população, da ordem de 5%, que não desenvolvem a imunidade após a vacinação. Por esse motivo, é importante mantar alto o índice de cobertura vacinal, como forma de impedir a circulação do vírus, e assim, proteger essas pessoas com baixa imunidade”, frisou.
Ferrari observou, ainda, que o município vem atuando sistematicamente para facilitar o acesso da população à vacina, com plantões de vacinação aos sábados, campanhas e mutirões – como o Dia D, realizado em 19 de outubro. Neste mês, entre os dias 18 e 30 de novembro, haverá a segunda fase da campanha contra o sarampo, com vacinação voltada a pessoas de 20 a 29 anos. “Para essa faixa etária, a recomendação é ter, pelo menos, duas doses da vacina”, destacou.
