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Bandeiras de cartões proíbem pagamento de apostas online com crédito

Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

Desde terça-feira (2), as empresas de cartão de crédito no Brasil, representadas pela Abecs, passaram a proibir o pagamento de apostas online com crédito. A medida, que seria aplicada apenas em 2025, foi antecipada devido ao crescente endividamento dos apostadores. O Pix continua sendo o principal meio de pagamento dessas transações.

Proibição antecipada para combater endividamento
Inicialmente prevista para janeiro de 2025, a proibição do pagamento de apostas online com cartão de crédito foi antecipada para o dia 2 de outubro de 2024. A decisão foi tomada em uma reunião extraordinária da Abecs, a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços, que justificou a medida como uma forma de mitigar o superendividamento causado pelas apostas.

De acordo com a Abecs, o uso de cartões de crédito nesse tipo de transação é inexpressivo, representando menos de 1% do volume total de apostas online. No entanto, o crescente endividamento dos brasileiros motivou a entidade a tomar medidas preventivas antes da entrada em vigor do novo modelo de regulação das apostas, que está sendo elaborado pelo Ministério da Fazenda.

Pix é o meio de pagamento dominante nas apostas online
Enquanto o uso de cartões de crédito para apostas online foi vetado, o Pix se consolidou como o principal meio de pagamento para esse tipo de transação. Segundo a Abecs, o Pix não só facilita os lances nos jogos, como também tem sido uma porta de entrada para o endividamento via linhas de crédito como o cheque especial.

A Abecs ressaltou a importância de se debater a restrição de outros meios de financiamento para as apostas, dada a influência crescente do Pix nesse mercado.

Divergência nos números sobre o uso de cartões
Apesar do uso reduzido de cartões de crédito para apostas online, há divergências nos números. Enquanto a Abecs estima menos de 1% do volume total de apostas, o secretário de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, Regis Dudena, calcula que essa proporção seja de 5%. Já o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, estimou, em setembro, que os cartões representam de 10% a 15% dos pagamentos nesse setor.

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