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Bacias de retenção contribuem para alimentação de mananciais em Limeira

A área rural de Limeira conta atualmente com 1.100 bacias de retenção de águas pluviais, que são popularmente conhecidas como cacimbas. Construídas ao lado de estradas rurais, a iniciativa funciona para conter o pico de ondas de cheia, armazenando volumes excedentes de água que irão alimentar o lençol freático e, consequentemente, nascentes e rios. Além disso, combate erosões e o assoreamento dos cursos d’água, já que as bacias minimizam o carreamento de partículas de terra para os leitos de rios e ribeirões.

A localização das cacimbas é definida tecnicamente em função do declive do terreno, da área de exposição, tipo de solo e volume de precipitação local. Os trabalhos de abertura de bacias de retenção e sua manutenção são realizados em parceria entre as secretarias de Meio Ambiente e Agricultura e de Obras e Serviços Públicos. Em Limeira, as cacimbas são construídas em forma de círculo, com diâmetro entre 5 e 10 metros e profundidade de 2 a 3 metros. Sempre que possível são feitas duas, uma em cada margem da estrada, a cada 50 e 100 metros, principalmente nos trechos em aclive. Elas são cadastradas por meio de coordenadas obtidas por GPS e passam por avaliações.

Vale ressaltar que é fundamental a contribuição dos agricultores que devem observar as práticas corretas de contenção de águas pluviais, como por exemplo a construção de curvas de nível. As águas devem ser retidas por todos os proprietários, assim as cacimbas têm capacidade para cumprir o seu papel de contenção das águas das áreas às margens das estradas.

O Consórcio PCJ, entidade referência na gestão de recursos hídricos, do qual o município de Limeira é uma das cidades associadas, recomenda desde 2014 a construção de bacias de retenção como alternativa barata e eficaz para ampliar a disponibilidade hídrica nas Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí. De acordo com o Consórcio, a iniciativa pode ser implantada tanto em áreas rurais como urbanas, para armazenar a água das chuvas e alimentar o lençol freático.

Para se ter ideia do potencial dessa iniciativa, numa região com média de precipitação de 1.000 milímetros/ano, e com 500 km de estradas vicinais, com largura aproximada de 10 metros, portanto, uma área de 5.000.000 de m², é possível armazenar cinco bilhões de litros de água por ano, segundo o Manual Técnico de Manejo e Conservação do Solo, volume 5, elaborado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo e da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI). Nas Bacias PCJ, a média de precipitação é de 1.400 milímetros em épocas normais.

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