Em entrevista ao Rápido no Ar na manhã desta quarta-feira (5), o diretor de Vigilância em Saúde de Limeira, Alexandre Ferrari, explicou a situação do município em relação ao aumento de casos de síndromes gripais. Até o momento não foram identificados em Limeira os vírus H1N1 e H3N2, considerados mais nocivos.
Confira a entrevista na íntegra:
Nesta quarta-feira são nove pessoas internadas em hospitais do município com síndrome respiratória aguda grave, a maior parte delas sem causa definida. Nenhuma está relacionada à Covid.
O diretor alerta sobre a procura nas unidades de saúde já que, entre 80% e 90% dos casos, os sintomas são leves. “Nada impede a pessoa de procurar atendimento médico, mas ela vai concorrer com pacientes que estão em situação mais grave”. Dificuldade em respirar, febre que persiste por muito tempo e diarreia são indicadores da necessidade de buscar atendimento médico.
Sobre o centro de referência para atendimento específico das síndromes gripais, o diretor explicou que o município deve definir “o mais breve possível” qual unidade de saúde vai sediá-lo e como o atendimento será organizado.
Foram identificados até a manhã desta quarta-feira (5):
6 casos de influenza A (gripe comum)
1 caso de influenza B (mais grave, porém, coberta pela vacina)
39 casos de vírus sincicial respiratório (ataca mais às crianças)
543 sem causa (nem Covid e nem outros determinantes virais)
Situação das internações até a manhã desta quarta-feira (5):
2 internações na Humanitária (causa indefinida)
5 internações na Medical (causa indefinida)
2 internações na Santa Casa (vírus sincicial respiratório, que acomete mais às crianças)
Ferrari ressalta que desde 22 de dezembro o município não registra mortes ou internação por Covid. Também não houve confirmação de casos nesta semana, embora a média móvel de casos tenha subido de 2,7 casos/dia para 9,1 casos/dias nos balanços de 26 de dezembro e 2 de janeiro, respectivamente.
Em relação à vacinação da gripe, ele salienta que a cobertura ficou muito abaixo do previsto em 2021, devido ao interesse maior na vacina contra a Covid-19. O município aguarda a chegada de lotes e deve iniciar a imunização assim que as vacinas estiverem disponíveis. O Instituto Butantan trabalha na fabricação do imunizante que vai cobrir também a variante australiana do H3N2.