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Atividade física ajuda na prevenção e controle do câncer, destaca Inca

Andrea Piacquadio/Pexels

O Instituto Nacional de Câncer (Inca), órgão ligado ao Ministério da Saúde, reforçou na última semana a importância da prática regular de atividades físicas na prevenção e controle do câncer. O comunicado integra a Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer (PNPCC) e destaca os benefícios do exercício físico não apenas para a saúde mental, mas também para a qualidade de vida, autonomia e bem-estar social.

Redução do risco de diversos tipos de câncer

Segundo o Inca, manter o corpo ativo pode reduzir o risco de desenvolver cânceres de mama, próstata, endométrio, cólon e reto. Além disso, a prática é uma aliada poderosa no controle de sintomas durante o tratamento oncológico, como a fadiga, além de melhorar a qualidade do sono e o estado emocional dos pacientes.

O coordenador de Prevenção e Vigilância do Inca, Fábio Carvalho, enfatiza que a prática de atividades físicas deve ser incentivada por toda a sociedade. “Existem políticas públicas no Sistema Único de Saúde (SUS) que oferecem atividades físicas gratuitas, e equipes de saúde estão disponíveis para ajudar pacientes a adaptarem o exercício às suas rotinas”, explicou.

Dados alarmantes sobre o câncer no Brasil

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil registrou mais de 704 mil novos casos de câncer em 2023, com destaque para o câncer de próstata entre os homens (71.730 casos) e o câncer de mama entre as mulheres (73.610 casos). Ainda segundo o levantamento, os óbitos por câncer de próstata somaram 16.300 em 2021, enquanto o câncer de mama causou 18.139 mortes no mesmo período.

O estudo alerta que as regiões Sul e Sudeste concentram cerca de 70% da incidência da doença no país, e a previsão é que esses números continuem elevados até 2025.

Adaptação ao perfil do paciente

O Inca destaca que a atividade física é segura e eficaz, desde que adaptada às condições de cada pessoa. “É essencial que o paciente consulte a equipe médica e, se possível, conte com o acompanhamento de profissionais como educadores físicos e fisioterapeutas para garantir a prática segura e eficiente”, recomenda Carvalho.

Para pessoas sem acesso a esses profissionais, o coordenador sugere opções simples: caminhar mais, substituir o carro por trajetos curtos a pé e optar por escadas em vez de elevadores. “Essas pequenas mudanças já podem trazer benefícios significativos à saúde”, acrescentou.

Envolvimento da comunidade

A divulgação do posicionamento do Inca busca desmistificar a ideia de que o repouso é sempre a melhor estratégia para pacientes oncológicos. Pelo contrário, manter-se ativo pode ser uma ferramenta essencial tanto para prevenir a doença quanto para melhorar a qualidade de vida de quem está em tratamento ou já passou por ele.

“É uma questão de saúde pública. A atividade física beneficia o indivíduo, mas também fortalece a comunidade como um todo, promovendo integração e qualidade de vida”, conclui Carvalho.

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