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As mudanças que mudamos em nós

“Por aprendizagem significativa, entendo, aquilo que provoca profunda modificação no indivíduo. Ela é penetrante, e não se limita a um aumento de conhecimento, mas abrange todas as parcelas de sua existência.” Carl Rogers.

Muita gente, erroneamente, diga-se de passagem, tem a crença de que a aprendizagem ocorre na escola, dentro da sala de aula. Não aprendemos apenas em sala de aula, com nossos mestres maravilhosos, lá os conhecimentos são acadêmicos, culturais, conhecimentos técnicos e teóricos.

Mas na vida, em nosso dia-a-dia, aprendemos e muito, ou pelo menos deveríamos aprender. Sim, erramos muito, o tempo todo, afinal, quem de nós é perfeito?

Passamos por ‘poucas e boas’ e vamos descobrindo (essa é a palavra mesmo) o que fazer e como agir e vamos acertando aqui, errando ali, errando acolá, errando e errando e com eles, vamos sofrendo, fazendo sofrer, vamos vivenciando nossos limites, enfrentando nossos nãos e vamos recomeçando, vamos reciclando ações obsoletas, vamos mudando.

Essa semana, em especial: semana da Páscoa, semana do renascimento de nossa esperança em dias melhores, semana que buscamos nos analisar, semana que tentamos ser melhores, termos ações mais assertivas, semana em que buscamos viver nossa fé, buscamos ser caridosos, buscamos ser melhores é uma excelente oportunidade para aprendermos de verdade e não apenas sermos diferentes do que somos por um período finito de sete dias.

A cada erro que cometemos, sofremos, temos ‘dor de cabeça’, magoamos alguém, causamos problemas a nós e aos demais, temos muito trabalho para resolver tudo. Os mais rasos e que utilizam pouco sua inteligência podem pensar que erros são cuidadosamente programados para causar dor e sofrimento a todos, mas será mesmo?
C L A R O Q U E N Ã O! Erros nada mais são que comportamentos disfuncionais, comportamentos que não nos auxiliam em nada, que nos atrapalham e que nos dão dor de cabeça, além de causarem o mesmo aos demais, aos que nos cercam.

Ninguém erra porque quer, ninguém faz besteira porque tem prazer em enfrentar problemas. Erramos porque refletimos pouco, porque fazemos as coisas por impulso. Não nos programamos para ‘dar mancada’ com as pessoas, para termos situações a serem resolvidas e dor de cabeça, mas isso acontece e precisa ser resolvido. E precisamos ir além: precisamos aprender a não cometermos os mesmos erros novamente, precisamos a aprender a nos conhecermos melhor, para evitarmos cometer novos erros que nos compliquem e aos demais.

Para tanto, pararmos de ‘corrermos atrás do próprio rabo’ e/ou ‘ficarmos girando em círculos’ é importante.

Listemos tudo o que precisamos resolver, não deixemos nada de fora, em seguida, vamos priorizar os que podem ser resolvidos rapidamente, pelas condições que possuímos no momento e não nos esqueçamos dos que teremos de resolver a médio e longo prazo, com ou sem conversa e/ou negociação. Não deixemos nossos problemas embaixo do tapete.
Concomitantemente com a resolução de cada um deles, evitemos criar novos problemas e/ou situações desastrosas. Vamos analisar muito bem o que se apresenta a nós, os prós e contras, cuidemos do que falaremos e de como o faremos. Busquemos o auto-conhecimento, isto é, a busca de melhores resultados, tanto na vida pessoal como profissional. Para chegar ao estado desejado, é preciso se conhecer na essência, identificar os pontos fortes, de melhoria, os próprios valores, as motivações e buscar eliminar comportamentos que sabotam nosso sucesso.

Além disso e não menos importante: busquemos o entendimento com as pessoas que nos cercam. Com as que nos criam problemas e com aquelas, para as quais, criamos problemas. Sejamos empáticos, busquemos olhas às situações sob a ótica de quem as vive, busquemos sentir o que o outro sente.

Se conseguirmos nos conhecer melhor, sermos cautelosos em nossas ações, buscarmos o entendimento com todos, exercitando a empatia, certamente iremos modificar a nós mesmos, iremos aprender a sermos melhores e evoluiremos.

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