A Divisão de Zoonoses de Limeira iniciou nesta terça-feira (4) uma ação de combate à dengue nos cemitérios Saudade I e II. A iniciativa ocorre após o aumento na circulação de pessoas durante o Dia de Finados, celebrado no último domingo (2), quando é comum a colocação de flores e vasos nos túmulos — muitos com embalagens que podem acumular água.
Os agentes percorrem os túmulos para recolher materiais que favorecem o surgimento de criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Neste ano, o município já registra mais de 6 mil casos confirmados da doença.
Segundo a chefe da Divisão de Zoonoses, Pedrina Aparecida Rodrigues Costa, a principal preocupação está nas embalagens plásticas utilizadas para envolver vasos de flores. Com as chuvas dos últimos dias, esses recipientes se tornam potenciais criadouros do mosquito.
“As embalagens acumulam água da chuva, criando condições ideais para o desenvolvimento do Aedes aegypti. Por isso, fazemos a retirada e o descarte correto desses materiais”, explicou.
A operação nos cemitérios é feita rotineiramente após datas que geram grande movimento, como Dia das Mães, Dia dos Pais e Finados. Segundo Pedrina, essas ocasiões exigem atenção redobrada das equipes.
“Com o aumento das chuvas e a instabilidade climática, intensificamos as ações preventivas. O risco de proliferação do mosquito cresce, e é importante reduzir os focos o quanto antes”, alertou.
A cidade já soma 6.265 casos confirmados de dengue em 2025. Outros 366 casos seguem em investigação, e 10 mortes foram registradas até o momento. Os dados reforçam a necessidade de medidas constantes de controle e prevenção por parte do poder público e da população.
A Divisão de Zoonoses reforça que a colaboração dos visitantes é essencial. A orientação é evitar o uso de recipientes que possam acumular água e preferir vasos com furos para escoamento.

