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Ao mestre, com carinho!

Não podia deixar passar essa data sem homenagear a todos os mestres, que com amor, cuidado, carinho, dedicação, apesar de todos os obstáculos e de todas as dificuldades seguem firmes na missão belíssima de ensinar, de transmitir conhecimentos, de formar…

Cada etapa de nossa vida é permeada por aprendizado, por ensinamentos, por aquisição de conhecimentos, passamos muito tempo com nossos mestres, com eles aprendemos muito, crescemos, engatinhamos, caminhamos, corremos, saltamos … por eles desenvolvemos uma afeição para uma vida toda, pois muito nos foi ensinado de suas disciplinas e com suas ações.

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Não é fácil ser professor. O desafio é diário. O preparo precisa ser gigantesco, pois, faz-se necessário conhecimento acadêmico extremo, paciência digna de Dalai Lama, carinho e afeto mesmo quando é mais difícil ser carinhoso, é necessário jogo de cintura para driblar as dificuldades, as complicações, as tristezas e sorrir! O re- explicar cada hora de uma maneira diferente até que o aluno compreenda é um desafio, requer além do conhecimento, da paciência, criatividade, múltiplos olhares, empatia!

E não é só isso, o afeto torna tudo tão belo, tudo tão lindo, tão intenso, tão gostoso e ao mesmo tempo, tão complexo… como ensinar à sala inteira o conteúdo quando se percebe a tristeza extrema de um aluno? Ou ainda, como ensinar, se toda uma sala se encontra ‘engasgada’ com um assunto tão diverso de sua disciplina? Cabe ao mestre a sensibilidade de saber como acolher todas as demandas que surgem dos seres humanos ali presentes e ao mesmo tempo, transmitir os conhecimentos que se fazem necessários!!

E as avaliações? Ô dureza avaliar se o aluno aprendeu o que foi ensinado, sem ser ‘duro’ demais, mas também não sendo ‘mole’ demais. Áh, a medida certa! Cabe ao professor saber a medida certa de sua cobrança em provas, de seus pedidos de ‘deveres de casa’, de trabalhos em grupo, pois já dizia o sábio conhecimento de nossos antigos: “azeite demais apaga a vela”.

Como fazer uma crítica construtiva ao aluno sem magoá-lo, ajudando-o a crescer e evoluir? Difícil, né? Mas cabe ao mestre fazê-la. Não pode ser omisso, mas nunca ser crítico demais a ponto de desmotivar.

As avaliações pelas quais passam veem de seus alunos, dos pais de seus alunos, de seus coordenadores, de seus colegas de trabalho, cada ‘vacilo’ é muito visto, apontado, comentado, criticado! Os acertos, na correria, nem sempre são aplaudidos, muitas vezes ‘passam batido’…

As tarefas de casa do professor vão além de estudar e preparar aula dinâmica, de fácil entendimento à sala de aula, com possibilidades de interação entre a sala e crescimento de seus alunos. Além disso, levam para casa pilhas de provas, trabalhos, cadernos, para corrigir, ler, buscar acertos e erros, descobrir as lacunas que possam ter ficado e que precisam ser preenchidas com o conhecimento correto! Depois vêm as devolutivas aos alunos, aos pais, coordenação, direção e etc.
Muitas vezes finais de semana são momentos de ‘tirar’ algum atraso que a semana corrida não permitiu que fosse feito!

E a vida pessoal? Vai ficando neste meio, misturada a toda esta responsabilidade, a esta tensão, a este amor.

Ser professor é nunca ir ao supermercado sem ser reconhecido, nunca ir ao shopping ou ao cinema sem ser visto, é sempre estar em contato com um ou outro aluno.
Ser professor é deixar de lado sua dor, para acolher a dor de seu aluno, que precisa de um ombro amigo, que precisa de uma escuta atenta, de um colo amoroso.
Ser professor é vibrar com o sucesso de seus alunos, qualquer que seja a etapa que este se encontre!!

Ser professor é estar atento à sala de aula, aos alunos, se estão interagindo bem, se está havendo algum comportamento errado de um ou mais alunos com outro ou outros. É corrigir com veemência, mas sem perder a ternura, tais erros.

Que profissional é este? Tão lotado de atribuições mais diversas e que a falta de uma delas pode representar sérios prejuízos a quem aprende!

Requer amor, requer talento, requer dom para ser professor! Não é para qualquer um! Como diz sabia e lindamente Rubem Alves: “Pois ser mestre é isso: ensinar a felicidade.”

O mestre bom mesmo, nos ensina a felicidade através de sua disciplina, não esquecemos nem dela, nem dele, jamais.

Guardo em meu coração os mestres lindos e maravilhosos que tive ao longo da vida, que ainda hoje são exemplos de mestres, que muito ensinaram, que deixaram as melhores e mais lindas lições.

Que nesta data, cada professor possa sentir-se homenageado, possa receber nosso muito obrigado por tudo, pelos ensinamentos, pelo carinho, pela dedicação, pelas broncas, pelo amor.
Que os professores que ocupam este cargo e não se veem assim, que não sejam tudo isso, possam se avaliar, possam se olhar de perto e à sua conduta, possam se questionar e buscar melhorar, pois esta é profissão que requer pessoas engajadas! Esta é profissão que não tolera indiferença, que não tolera ‘implicância’, que não tolera cobrar demais ‘para fazer bonito’, que não tolera que se exija que aluno não pense, apenas decore, não se decora conhecimentos, aprende-se! Que os professores que veem a educação como um comércio, repensem seus objetivos. Não o é! O objetivo a que se atende é o de ensinar. O ‘ser a ponte entre o aluno e o conhecimento’. Este sim é o foco do professor!

A cada mestre, desejo que hoje você se renove, que você sinta tanto orgulho de você quanto nós sentimos, que saiba que seu carinho e sua atenção nunca serão esquecidos, que passam-se os anos e você fica mais e mais querido! Que você, mestre, nunca se esqueça do quão importante é para todos nós!
Nosso muito obrigado por sua escolha corajosa!

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