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Anticoncepcional masculino atinge 99% de eficácia em camundongos, afirma cientistas

Foto: Pexels

Uma equipe de cientistas desenvolveu uma pílula anticoncepcional masculina que demonstrou ser 99% eficaz em camundongos sem provocar efeitos colaterais. De acordo com as informações publicadas pelo site NewScientist, nesta quarta-feira (23), os testes em humanos devem acontecer até o final do ano.

“Vários estudos mostram que os homens estão interessados em compartilhar a responsabilidade contraceptiva com suas parceiras”, afirmou à AFP o doutor Abdullah Al Noman, graduado da Universidade de Minnesota, encarregado de apresentar a pesquisa.

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O resultado da pesquisa foi apresentado na conferência da American Chemical Society Spring 2022 em San Diego, Califórnia e é um marco na oferta de métodos de controle de natalidade e responsabilidade para os homens.

Desde que a pílula anticoncepcional para mulheres foi aprovada nos anos 60, estudiosos têm interesse em desenvolver seu equivalente masculino.

Até o momento, os únicos métodos eficazes disponíveis para os homens são preservativos e a vasectomia, que é uma cirurgia reversível de alto custo e que nem sempre é bem-sucedida.

Noman e seus colegas de pesquisa deram a camundongos machos uma dose diária de uma molécula chamada YCT529 por um período de quatro semanas e descobriram uma queda de espermatozoides. Entre quatro e seis semanas depois que os camundongos pararam de receber o tratamento, eles puderam se reproduzir normalmente novamente sem efeitos colaterais observáveis.

“Quando chegamos a uma dose 100 vezes maior do que a dose efetiva, o composto não mostrou nenhuma toxicidade”, disse Noman.

A equipe de pesquisa recebeu financiamento dos Institutos Nacionais de Saúde e da Iniciativa de Contracepção Masculina e trabalha com uma empresa chamada YourChoice Therapeutics para iniciar testes em humanos no terceiro ou quarto trimestre de 2022.

“Não há garantia de que funcionará, mas seria realmente surpreendente se não observássemos um efeito em humanos também”, acrescentou a cientista e professora Gunda Georg, que também faz parte da pesquisa.

De acordo com Georg, o medicamente deve ser comercializado em até 5 anos.

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