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Ame, cante, dance, cozinhe, divirta-se!

Foto: PNW Production / Pexels

A vida é efêmera! Desde sempre soubemos disso, mas 2020 e 2021 estão nos esfregando isso ´na cara’ sem piedade, não é mesmo?

Anos de mudanças profundas em nossas vidas, ficamos reclusos ‘do nada’, perdemos encontros e cafés com amigos, cinemas, teatros, tivemos nossos trabalhos afetados, aprendemos o tal ‘home office’ e nossos filhos o ‘EAD’, mas isso não foi tudo, né? Vimos a economia mundial ser afetada grandemente e a frágil economia brasileira ruir. Indústrias fecharam, comércios e restaurantes faliram, empregos se foram, vieram enormes dificuldades financeiras e pensávamos que não poderíamos perder mais do que já estávamos perdendo.

Víamos na TV os números dos infectados pela doença no Brasil e no mundo, mas era tão longe de nós que nós só nos assustávamos e ficávamos pensando na força e alcance do vírus.

E não é que ele veio pra perto de nós, para as nossas cidades, nosso estado, nosso bairro, nosso condomínio, nosso edifício. Vimos amigos serem infectados por ele, rezamos por eles e pela recuperação deles, comemoramos a vitória de muitos, choramos a derrota de tantos outros e em meio a tudo isso fomos ressignificando valores, pelo menos, deveríamos estar ressignificando valores.

“A gente leva da vida a vida que a gente leva.” Tom Jobim, preciso em sua fala, não? Levamos dessa vida o amor que recebemos e o amor que ofertamos, levamos dessa vida os sorrisos que demos e os que retiramos das pessoas, levamos dessa vida a ajuda que demos, o apoio que fomos, levamos dessa vida os laços que construímos, não levamos carros, casas, mansões, joias, tesouros e estes tão pouco nos salvam a vida, nos compram a saúde, nos ajudam a nos restabelecer.

Nesta época tão dura em que vivemos, me lembrei do livro “Comer, rezar e amar” de Elizabeth Gilbert, obra autobiográfica em que ela conta como aprendeu que aceitar as dores e usá-las como combustível para transformar sua nossa vida.

Na Itália, vislumbrando as Ruínas do Império Antigo, Liz pensa: “As pessoas são como essas ruínas!”, afinal tudo na vida pode ser reconstruído. É justamente sobre isso que fala a resiliência: sermos capazes de superar os momentos mais difíceis, de cair e de nos reerguermos cada vez mais fortes!

No decorrer do livro ela chega a conclusão que ‘errar faz parte da vida, o importante é sempre tentar’, diz ela que “não tem problema em errar, não tem problema em chorar e sofrer. Estas são coisas que fazem parte da vida. O mais importante e imprescindível é tentar. Viver é experimentar, caso contrário não estaríamos vivendo, mas apenas ocupando um espaço no vazio.”.

Que durante esse período difícil possamos aprender a valorizar a vida, a família, os amigos, momentos em paz, a natureza, a saúde, que possamos ter fé em dias melhores e que busquemos melhorar e evoluir cada vez mais, que nos tornemos pessoas mais empáticas, mais amáveis, mais prontas a ajudar, menos fofoqueiras, que julguemos menos, que não apontemos os dedos para os demais.

Encerro esta coluna com um convite a reflexão, do próprio livro “Comer, rezar e amar”: “O importante é viver e ser feliz mesmo que isso signifique deixar tudo pra trás e recomeçar, pois na vida e no amor as conquistas são feitas todos os dias.”

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