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Ah, o desgaste de ser forte …

“As vezes a gente chora não porque somos fracos, mas porque passamos muito tempo sendo fortes!” (autor desconhecido)

Já ouvi esta frase muitas vezes, já disse outras tantas, mas é muito real, não é? O choro não é sinal de fraqueza, é sinal que estamos sendo muito fortes, por muito tempo, segurando uma carga muito grande de problemas, de dificuldades, estamos sob estresse constante.

O estresse é um conceito bastante conhecido. Hans Selye, considerado o “pai da estressologia”, por ter sido o pioneiro no assunto, propôs que o estresse ‘surge quando o organismo passa por alguma situação que exigiria sua adaptação’. Quando essa adaptação não ocorre ou torna-se muito difícil, ocorreria uma reação no organismo, denominada por Selye, de Síndrome da Adaptação Geral.

Portanto, podemos pensar que o tempo todo vivenciamos situações de estresse, isto é, que nos exigem adaptações para retornarmos a nossa homeostase e isto demanda de nós esforço, coragem, demanda de nós enfrentamento de problemas, lidarmos com nossos medos e angústias, etc.

Vamos nos cansando, nos esgotando, vamos ‘perdendo as forças’, não é fácil e muitas vezes acabamos por chorar. Choramos para desabafar, choramos para pedir ajuda, choramos porque esgotamos, choramos por estarmos carregando muito peso dentro e fora de nós.

Mas não basta chorarmos, não basta desabafarmos, é preciso que consigamos reconhecer a carga elevada deste estresse, compreendamos que ele é extremamente prejudicial para nós, para nossa qualidade de vida, para nossa saúde emocional e física.

Lipp, considera que as consequências de altos níveis de esstresse crônico podem ser percebidas pelas licenças médicas e absenteísmo, queda de produtividade, desmotivação, irritação, impaciência, dificuldades interpessoais, relações afetivas conturbadas, divórcios, doenças físicas variadas, depressão, ansiedade e infelicidade na esfera pessoal (2005). No âmbito do trabalho, as consequências do stress podem incluir depressão, falta de ânimo, falta de envolvimento com o trabalho e a organização, faltas e atrasos frequentes, excesso de visitas ao ambulatório médico e farmacodependência.

O estresse pode, além de ter um efeito desencadeador do desenvolvimento de inúmeras doenças, propiciar um prejuízo para a qualidade de vida e a produtividade do ser humano.

Em virtude de tudo isso, acima exposto, sempre que nos percebermos carregando cargas e fardos mais pesados que conseguimos, que nos vermos e nos notarmos atolados em problemas e dificuldades, precisamos buscar ajuda, precisamos buscar apoio, familiar, de amigos, buscarmos reduzir um pouco a carga que carregamos, mas buscarmos ajuda profissional: avaliação Psicológica e Médica e a Psicoterapia para que possamos nos fortalecer e ao nosso emocional.

Encerro, como de costume, com um convite a reflexão: “Um dia desses, eu separo um tempinho e ponho em dia todos os choros que não tenho tido tempo de chorar.” Carlos Drummond de Andrade

Contato: sophiarodovalho@rapidonoar.com.br

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