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Ah o amor… estamos carentes de amor!

“Onde o amor impera, não há desejo de poder; e onde o poder predomina, há falta de amor. Um é a sombra do outro.” Carl Jung

Vivemos tempos em que a falta de amor predomina. Mas que amor? Casais apaixonados? Amor de pais e filhos? Amor de irmãos? De amigos?

Sim, amor, em seu sentido mais amplo: “Sentimento de afeição intensa que leva alguém a querer o que, segundo ela, é bonito, digno, esplendoroso. Sentimento afetivo; afeição viva por; afeto.” (Dicionário da Língua Portuguesa)

Estamos carentes de olhar para o outro com afeto, de sermos empáticos e nos colocarmos no lugar dele, antes de agirmos, de falarmos, de julgarmos e apontarmos os erros e falhas. Precisamos exercitar a empatia, isto é “é ver o mundo com os olhos do outro e não ver o nosso mundo refletido nos olhos dele.” Carl Rogers

Muitas vezes temos a dificuldade de olharmos os problemas dos outros com os olhos dele e não com nossos olhos. Grande parte das pessoas têm a resposta padrão, não empática: “Áh, mas você está passando por isso, porque fez isso.” ou “No seu lugar, eu faria assim, porque sempre funciona comigo.” ou ainda: “Que falta de inteligência agir assim, não é assim que se faz.”

E sempre que perdemos tempo julgando e apontando o outro, perdemos a chance de ouro de ajudar, de amar, de ser empática, de compreender e ajudar.

Carecemos de amor ao próximo, de ombros amigos, de companheirismo, de escuta verdadeira, de mãos estendidas para ajudar e não para apontar.

Quando estamos disponíveis e abertos à empatia, nos fazemos um bem enorme também, não só ao outro, mas a nós mesmos, à medida em que experimentamos o amor, que trocamos afeto, que somos afetados positivamente por todo bem que fazemos e todo amor que doamos.

O amor e o bem são uma via de mão dupla: fazem muito bem a quem o recebe e aquecem a alma de quem o doa, o vive.

Encerro a coluna de hoje com um convite a reflexão sobre o amor que vivemos, que doamos, que damos ao próximo. Como diz Rubem Alves “Aquilo que está escrito no coração não necessita de agendas, porque a gente não esquece. O que a memória ama fica eterno.”

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