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Adultos e os ‘tempos modernos’

Áh a mordernidade…

A vida assemelha-se a uma roda gigante, por assim dizer… O movimento é constante o que quer dizer, em linhas gerais que em determinado momento somos ‘os tais’ e em outros ‘os que nada sabem’ e assim seguimos, ora sabendo e sendo muito, ora sabendo e sendo pouco.

Precisamos compreender que este é o movimento natural da vida e os ‘tempos modernos’, como dizia Chaplin, são reais, estão aí e nos inserem em uma nova realidade, bem diferente da que vivemos há um tempo.

Antes, eram nossos pais que nos ensinavam como usar telefone, como ligar máquinas (que eram poucas) e nós aprendíamos. Hoje em dia, nossos filhos praticamente nascem fazendo uso de celulares, tablets, computadores, jogos eletônicos… e nos ensinam… são rápidos e nós ficamos boquiabertos… pasmos.

Mas não é somente com eletrônicos que nossos jovens nos ‘atropelam’… eles o fazem em quase tudo, na maneira de se vestir, de se comportar, de lidar com sentimentos, de quebrar paradigmas, tudo muito rápido e sem sofrimento, tudo ocorrendo de forma ‘simples e tranquila’.

Sabiamente Victor Hugo nos diz que “Os tempos primitivos são líricos, os tempos antigos são épicos, os tempos modernos são dramáticos.” São mesmo os tempos modernos, dramáticos para os pais.
Tudo se resolve rapidamente com um toque no celular, muita encrenca também pode vir do mesmo toque no aparelho, tão bom, mas tão potente. De alcance potente. Antes paquerávamos, namorávamos, noivávamos e casávamos… hoje são muitos os nomes que ouvimos, eles chipam, ficam não sério, ficam meio sério, não namoram tão já, tudo bem ao acaso e bem sério… vai entender.

O linguajar e as gírias atuais nos atropelam, tanto na fala quanto na escrita e ficamos atônitos, parados a observar tudo isso… perdidos.

O que fazer com a velocidade de nossos filhos, de nossos adolescentes? O que fazer com todo esse turbilhão de informações que nos atropela?

Antes de tudo, devemos pensar que o tempo não para mesmo (amém), que as coisas caminham em uma velocidade assustadora e que precisamos pegar o ritmo das coisas, que precisamos compreender as facilidades e a magia de um mundo conectado, precisamos compreender a maneira diferente que nossos jovens encaram a vida e as coisas, entretanto, precisamos ser a referência para eles.

Referências de princípios norteadores de conduta, de regras antigas, mas que nunca perdem a validade.

Antes não podíamos ligar para as pessoas às duas da manhã, hoje também não devemos mandar whatsapp a esta hora. Antes não devíamos contar “aos quatro ventos” o que se passava com nossa vida amorosa, hoje em dia também não devemos publicar em nosso facebook, em nosso status do whatsapp, em nosso ‘insta’ e assim por diante.

Antigamente não era bom namorar todo mundo, não pegava bem para as meninas e para os meninos era sinal de masculinidade, por um lado, mas de ‘galinhagem’ por outro lado … hoje em dia também não é bom chipar com todos, ficar com muita gente a todo tempo. Não apenas porque não pega bem, mas especialmente porque nossos jovens precisam aprender a se respeitar (a eles próprios e aos demais), sendo homem ou sendo mulher.

Devemos ajuda-los a compreender que os sentimentos são importantes e os corpos idem. Devemos conduzi-lo à reflexão sobre os cuidarmos com os relacionamentos que estabelecem, bem como com os sentimentos de todos (deles e dos demais), assim como respeitarmos as normas de bom convívio também…

Nossos jovens buscam identidade, unem-se em ‘tribos’ roqueiras, de ‘patricinhas’, dos nerds, pintam cabelo, colocam piercing, compram tênis todos muito semelhantes com o de seus grupos e acham tenebrosa a maneira do outro grupo se portar. Nós, adultos, vemos isso, de longe e cabe a nós auxiliá-los na descoberta da própria identidade e na tolerância com as diferenças. Sim, ‘tribos’ diferentes podem ser amigas, podem se dar bem, podem se gostar, apesar de serem tão diferentes.

São os tempos modernos, norteados pelos tempos antigos, que não perdem nunca a majestade!

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