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A adolescência, suas peculiaridades, sua beleza e a baleia azul?!

Assim é a adolescência, aquela fase de muita mudança, de muita dúvida, de conflitos internos, externos (com pais e pares), é aquela belíssima fase em que uma criança totalmente dependente dos pais, passa a se tornar um belíssimo jovem capaz de proezas, capaz de belíssimas reflexões, de pensamentos sobre como irão mudar o mundo… áh, é a época em que pais vão se sentindo coadjuvantes de uma história, pois ficam ali, atrás, assistindo, dando um ‘pitaco’ ou outro, mas o processo é deles, a evolução lhes pertence, os pensamentos são todos produzidos por eles…

Como assim?! E a gente?! Perguntam os pais, em pânico… Respondemos, calma… vocês estão, estarão ali, ao lado, nos bastidores, aconselhando, estando perto, ajudando, orientando esse pensar, que muitas vezes sai revolucionário demais por conta da pouca idade e maturidade. Sim, pais são indispensáveis e, mesmo nos ‘bastidores’, são eles que dão o toque e coordenam o andamento desta peça linda.

Vamos lembrar que é uma fase complexa, eles são adultos para muitas coisas, crianças para outras tantas. Vivenciam mudanças físicas, hormonais, comportamentais e cognitivas gigantescas. Os pais, antes heróis, hoje são figuras importantes e amadas, mas às suas ações, cabem muitos questionamentos e críticas, por que não?! Vivem um conflito…

As amizades são um alento, reconhecem-se em suas dificuldades, pensamentos, ‘revoltas’, mas, por outro lado discordam, brigam, fazem cara feia.

Se apaixonam, amor pra vida toda, choram muito, sofrem, escutam músicas ‘sad’ em seus foninhos de ouvido, plugados ao smartphone (que quase torna-se um pedaço de si). Mas ‘desapaixonam’, nunca mais querem ver a cara, ficam com ódio… sofrem, querem colo. São os bebês que voltam para o colo, frágeis.

Mas eis que vem o dia seguinte e o ‘quase adulto’ renasce, forte, firme, sem entender o porquê do ‘choro bobo’… sem dar importância para aquilo tudo…

E estão os pais ali, segurando-se nesta montanha russa incrível e bela.

Opa!! Se pais estão nesta montanha russa e precisam se segurar, e eles?! Eles são a montanha russa, tudo rápido, intenso, bom, ruim, forte, intenso, ufa!!

Eis que surge um desafio, daqueles que pegam nossos quase adultos, nossas ‘obras de arte’ em formação e capta sua fragilidade, seu medo, sua necessidade de pertencer a um grupo, a alguém, de ser desafiado, de transgredir normas bobas… e vão se embrenhando nessa floresta/labirinto sem fim. Chega um momento que querem sair, parar, dar o grito de : “chega!”, mas não são tão maduros assim e sucumbem às ameaças, ao emaranhado em que se meteram, à culpa que sentem e vão se torturando, vão se fechando, vão perdendo o brilho, a montanha russa vai virando um calhambeque sem força, sem agilidade e eles vão se perdendo muito, alguns deles perderam-se pra sempre, infelizmente.

O que fazer?! Esteja ali, não deixe que o smartphone ocupe seu lugar, não deixe que conversas online com desconhecidos ou mesmo com amigos ocupe seu lugar. Pergunte, queira saber, note. Ame, dê carinho. Dê cafuné, colo, suporte e apoio. Mostre que unidos, vocês resolvem todos os problemas que surgirem. E se os problemas forem ‘super problemas’, vocês, juntos buscam ‘super ajuda’.

Estar presente, amar, ouvir, escutar, conversar, abusar do diálogo franco e honesto, sorrir, passar tempo com seu filho, essas são armas potencialmente fortes contra estes e demais desafios ruins desta etapa.

Se você perceber que está ‘perdido’ demais, que seu filho (a) está sofrido (a) demais ou fechado (a) demais: busque ajuda, não espere, corra.

“A alma é uma borboleta…
há um instante em que uma voz nos
diz que chegou o momento de uma grande metamorfose…”
Rubem Alves

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