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Adaptar-se é preciso

Então é assim: a vida vai caminhando, vai seguindo seu rumo, nós vamos enfrentando nosso dia-a-dia, quando de repente, não mais que de repente eis que surge aquele ‘imprevisto’, aliás, muitas vezes imprevistos podem ser chamados de rasteiras, sem o menor receio, não é?

Pois é, as rasteiras vêm implacáveis, surgem sob as mais diversas formas: doenças, desemprego, dificuldades financeiras, sonhos momentaneamente interrompidos, brigas, desencontros e etc…

“Esse silêncio todo me atordoa, atordoado eu permaneço atento, na arquibancada pra a qualquer momento ver emergir o monstro da lagoa. Pai, Pai! Afasta de mim esse cálice (Pai!) Afasta de mim esse cálice (Pai!), afasta de mim esse cálice de vinho tinto de sangue (…)” Chico Buarque

Muitos são os momentos que nos vemos ‘sem chão’, retirados de nossa ‘zona de conforto’, muitos são os momentos que não ‘sabemos exatamente o que nos atingiu, nem porque, só sabemos que precisamos ficar em pé, precisamos tentar entender tudo que se passa precisamos pensar e forcar em soluções reais para nossas dificuldades!
Muitas vezes queremos é ser poupados, temos vontade de nos esconder, de encontrar quem nos afaste desse ‘cálice’, mas é impossível. Nós mesmos precisamos buscar soluções, precisamos ficar fortes, precisamos resistir às tempestades e lutar.

Augusto Cury nos mostra uma saída muito simples, mas que pode nos ajudar a mudarmos e melhorarmos. Diz ele: “Se alguém bloquear a porta, não gaste energia com o confronto. Procure as janelas.”.

De acordo com Jackson César Buonocore: “Resiliência é a capacidade que temos de sermos flexíveis em momentos que estamos diante das adversidades. Essa flexibilidade é erguida por meio de um conjunto de crenças que permitem transcender os obstáculos da vida e progredir no futuro com superação.”.

A psicologia destaca o valor do relacionamento com a família, sobretudo na infância, que auxilia na constituição da inteligência emocional da pessoa em suportar as crises que a vida traz. E a sociologia diz que o capital cultural que pessoa adquiriu de herança, a ajudou a ser resiliente.

O resiliente tem empatia pelos outros, que significa a capacidade psicológica para sentir o que sentiria uma outra pessoa caso estivesse na mesma situação vivenciada por ela. Consiste em tentar compreender sentimentos e emoções, procurando experimentar de forma objetiva e racional o que sente outro indivíduo.

O resiliente também tem autoconhecimento, uma vez que conquistou o caminho da maturidade e da sabedoria.

A neuropsiquiatria têm estudos que comprovam que nosso cérebro possui a aptidão de se modificar continuamente, ou seja, de se recuperar, mostrando que podemos nos tornar uma melhor e nova pessoa.

Portanto, quando nos encontramos diante das ‘rasteiras’, que tal se tentarmos respirar por um momento, buscar a compreensão do que nos acontece. Tentarmos não nos desesperarmos, mas sim, buscarmos saídas para a solução de nossos problemas. Contarmos com familiares, amigos e seu apoio e suporte é muito importante. Igualmente importante é buscarmos ajuda profissional, caso estejamos nos sentindo fragilizados demais. Tracemos uma meta e a sigamos, devagar, mas sempre, até vermos os problemas resolvidos.

Encerro com um convite a reflexão, do poeta Carlos Drummond de Andrade: “A dor é inevitável. O sofrimento, opcional”.

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