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A história de Helena salva pelo Samu, em Limeira, é a celebração da vida

Divulgação Prefeitura de Limeira

Era um sábado, em dezembro de 2019, quando o mestre de capoeira Marco Antonio Ferreira da Costa se afastou por alguns instantes da filha Helena, na época com 1 ano e três meses de idade. A família se preparava para receber parentes, o som estava ligado e Marco Antônio só se deu conta do perigo quando viu que a filha mais velha, de 9 anos, não estava com a irmã menor. “Na hora, minhas pernas já ficaram moles. Corri para a piscina e encontrei Helena boiando [de bruços] na piscina”, relembra.

Quando retirou a filha da água, Marco Antonio conta que ela estava roxa e sem pulsação. Foi então que ele ligou para o 190, número da Polícia Militar. Durante a ligação, ele foi orientado a acionar o Samu, pelo 192. A partir desse momento, ele relata que recebeu todo o “respaldo” do que deveria fazer até a chegada da ambulância. Mesmo com conhecimento em primeiros socorros, ele afirma que naquela hora não conseguia se lembrar de nada. “É um momento em que a gente fica completamente cego”, admite.

Em cinco minutos, os socorristas do Samu chegaram na residência dele, no Jd. Manacá. No trajeto até a Santa Casa, Helena teve três paradas cardíacas. A menina ficou um mês e meio em coma. “Os médicos diziam que ela não iria acordar”, relata o pai. Contrariando a previsão inicial, ela acordou, recebeu alta e foi recuperando todos os movimentos aos poucos.

Hoje, com três anos, Helena corre, brinca e frequenta normalmente a escola. “Não parece aquela menina que passou um mês internada”, comenta Marco Antônio. “Sou muito grato, ao Samu, à Polícia Militar e a todos os profissionais que me ajudaram. Tenho certeza de que se não fosse o Samu minha filha não estaria aqui hoje”, acrescenta.

O relato acima, que teve um desfecho bem-sucedido, ocorreu durante a cerimônia em comemoração aos dez anos do Samu. O evento foi realizado nesta quinta-feira (30), com a presença do prefeito Mario Botion, da primeira-dama e presidente do Fundo Social, Roberta Botion, da vice-prefeita, Erika Tank, e demais autoridades.

A pequena Helena é uma das incontáveis vidas que foram salvas graças ao trabalho dos profissionais do Samu, sempre de prontidão para socorrer as vítimas. Dos cerca de 1.800 atendimentos registrados todos os meses, a maior demanda está relacionada a casos clínicos (como crises convulsivas ou problemas cardiorrespiratórios), que respondem por 54% dos chamados. Em seguida estão os politraumatismos, com 25% das ligações, e os casos psiquiátricos, que motivam 5% das solicitações.

O gerente de Divisão, Ângelo Antonio Welington Ferronato, afirma que a atuação dos socorristas é bem maior e envolve casos de choque elétrico, falta de ar intensa, suspeita de infarto ou Acidente Vascular Cerebral (AVC), intoxicação ou queimaduras graves, tentativas de suicídio, acidentes com produtos perigosos, agressão por arma de fogo ou arma branca, soterramento, desabamento, engasgos, entre outros.

No rol de atendimentos também estão os trabalhos de parto em que há risco de morte para a mãe e para o bebê. Ao longo desses 10 anos, os socorristas prestaram auxílio a 380 gestantes. Ferronato, que fez faculdade de enfermagem depois que ingressou no Samu, já prestou diversos atendimentos dessa natureza. Em uma das vezes, ele conta que precisou estacionar a ambulância para fazer o parto de uma gestante. “Ela morava no bairro Nova Conquista, mas quando estávamos no Jd. Montezuma, bem perto da Santa Casa, tivemos que parar o veículo porque o bebê já estava nascendo. Foi tudo muito rápido, o bebê nasceu saudável, logo começou a chorar”, relembra.

Serviço:

As ligações para o Samu (192) são gratuitas e podem ser feitas de qualquer telefone, fixo ou celular. O serviço deve ser acionado em situações que envolvem risco de sequelas graves ou que possam levar o paciente à morte.

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