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A grande diferença entre o sorriso e o desespero

E eles vêm, sempre, sem avisar e a toda hora! Não são fáceis, nos deixam tristes, ‘de cabelo em pé, são os p r o b l e m a s!

Nossa vida é feita por momentos, dentre eles, muitos consistem em ser pego de surpresa pelos problemas, em tentar resolvê-los, em chorar com eles, em não dormir por causa deles… mas é feita por bons momentos também, de boas notícias, de sorrisos gostosos, de amor, de cumplicidade, de amizade, de gentilezas…

Benjamin Franklin dizia que: “Viver é enfrentar um problema atrás do outro. O modo como você o encara é que faz a diferença.”. Fato! Estava correto! Os problemas virão, sempre, sem avisar. Nossa primeira reação pode ser um desespero, um pavor, um nervoso, uma vontade de jogar tudo para cima e deixar! Mas será que isso nos ajudará? Será que resolveremos algo ou sofreremos menos? Não, né?

Os problemas surgem! Sempre! Eles não deixam de vir! São as ‘pedrinhas’ em nosso caminho! Se fingirmos que elas não existem, tropeçamos e caímos, se pararmos e nos desesperarmos, uma pedrinha nos freou e nos impediu de crescer, se as enfrentarmos, se buscarmos soluções, de forma ponderada, reflexiva, com calma (por mais que pareça difícil), de forma cautelosa, iremos achar a solução e aprender com cada pedrinha, que poderá tornar-se parte do caminho.

Precisamos de resiliência para enfrentarmos cada problema e cada obstáculo que se nos apresenta! Como afirma Raimundo Grossi: “A resiliência é a capacidade de lidar com problemas e superar obstáculos, é o que preenche os homens em momentos de sofrimentos inevitáveis. Como diz o provérbio japonês: “cair sete vezes e levantar oito”.

Para a Psicologia, a resiliência é a capacidade de o indivíduo lidar com problemas, adaptar-se a mudanças, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas, sem entrar em sofrimento psicológico forte, encontrando soluções estratégicas para enfrentar e superar adversidades.

Algumas dicas para nos tornarmos mais resilientes e lidarmos de formas mais pro-ativas com nossos problemas: mantenha-se flexível (adapte-se e seus objetivos), aprenda lições (deixe de lado o papel de vítima e procure perceber o que poderia fazer diferente da próxima vez, Ani Kalayjian), tenha uma atitude positiva (pense no que você poderia fazer para melhorar a situação e depois faça), mantenha-se conectado (nutra seus relacionamentos familiares e de amizades, não se isole), libere a tensão (pode ser exercício, desenho, diário, leitura …), adote hábitos saudáveis (de alimentação, sono, exercícios, reserve tempo para você.), acredite em si mesmo (tenha auto-confiança), sorria (mantenha, na medida do possível, seu senso de humor) e seja otimista (adote uma perspectiva positiva).

Quando conseguimos ser resilientes e lidarmos com nossos problemas, sem sucumbirmos diante deles, compreendemos que eles não representam a totalidade de nossas vidas, que eles não determinam nossa felicidade ou tristeza, sofremos menos.

Encerro, com um trecho do artigo de Rubem Alves, “Sobre moluscos e homens”, Folha de São Paulo, 17/02/2002: “ (…) A natureza nos pregou uma peça: deixou-nos, como herança, um corpo molengão e inadequado, que, sozinho, não é capaz de resolver os problemas vitais que temos de enfrentar. Mas, como diz o ditado, “é a necessidade que faz o sapo pular”. E digo: é a necessidade que faz o homem pensar. Da nossa fraqueza surgiu a nossa força, o pensamento. Parece-me, então, que Piaget, provocado pelos moluscos, concluiu que o conhecimento é a concha que construímos a fim de sobreviver. O pensamento, mais que um simples processo lógico, desenvolve-se em resposta a desafios vitais. Sem o desafio da vida o pensamento fica a dormir… O pensamento se desenvolve como ferramenta para construirmos as conchas que a natureza não nos deu.”

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