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23 anos do CRAVI é celebrado no Palácio dos Bandeirantes

Foto: Governo de São Paulo / Divulgação

O Centro de Referência e Apoio à Vítima (CRAVI), um programa da Secretaria da Justiça e Cidadania, criado em julho de 1998, para dar atendimento psicossocial e jurídico gratuito às vítimas e familiares de crimes contra a vida, como homicídio, latrocínio, feminicídio, completa 23 anos de existência neste mês de julho, e ao longo desses anos já realizou mais de 40 mil atendimentos.

Para comemorar a Secretaria da Justiça e Cidadania realizou nesta quarta-feira (21), às 10h30, um evento no Palácio dos Bandeirantes, que contou com a participação do vice-governador Rodrigo Garcia, do secretário da Justiça e Cidadania, Fernando José da Costa, do secretário da Saúde, Jean Carlo Gorinchteyn, do Secretário-Chefe da Casa Militar e Coordenador da Defesa Civil do Estado, Coronel Walter Nyakas Jr, da coordenadora das Delegacias de Defesa da Mulher (DDMS) do Estado de São Paulo, dra. Jamila Jorge Ferrari, da Promotora de Justiça da Casa da Mulher Brasileira, dra. Juliana Gentil Tocunduva, do Defensor Público-Geral do Estado de São Paulo dr. Florisvaldo Fiorentino Junior, da vice-diretora da Escola Raul Brasil, Lilian Keli Guilherme de Lima, do Superintendente da Polícia Técnico Científica, Doutor Mauricio Rodrigues Costa, e Luana Cunha, usuária do CRAVI.

O vice-governador, Rodrigo Garcia, após ouvir os relatos dos presentes, parabenizou o empenho dos técnicos de CRAVI e enfatizou que o trabalho realizado é um diferencial para o todo o Estado.

Durante sua fala, Fernando José da Costa ressaltou que “O acolhimento disponibilizado pelos técnicos do CRAVI, seja em um momento de uma tragédia, ou na própria Sede, faz toda a diferença. Deixar a vítima falar, expor a sua dor, cria um vínculo de confiança, e faz com que, aos poucos, as vítimas possam reconstruir seus laços familiares, voltar ao convívio social, e buscar seus direitos”.

“Nós somos defensores dos direitos da dignidade humana das pessoas, lutamos contra o discriminação étnico-racial, homofóbica, liberdade religiosa. É o nosso papel, defender a população e garantir o aceso a direitos, principalmente daquelas que são vítimas de violência”, concluiu o secretário.

Durante o encontro, ocorreram relatos dos parceiros, e depoimentos da tragédia ocorrida na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, em 2019, e de uma usuária do CRAVI, que teve a irmã assassinada, vítima de feminicídio.

Expansão
O CRAVI se encontra em expansão, ampliando suas unidades no Estado de São Paulo. Atualmente funciona em São Paulo, Araçatuba, Santos, São Vicente, Suzano e Barueri.

Neste segundo semestre de 2021, o Programa da Secretaria da Justiça e Cidadania contará com mais duas unidades, uma na cidade de Pindamonhangaba e outra em Guarulhos, além de mais quatro salas de atendimento nos Centros de Integração da Cidadania na Capital (CIC Feitiço da Vila; Grajaú; Leste – Itaim Paulista; e Norte – Jova Rural.

A partir do dia 26 de julho, as outras doze unidades do Centro de Integração da Cidadania já disponibilizarão atendimento gratuito do Centro de Referência e Apoio a Vítima para a população que reside no entorno. As consultas serão realizadas das 10h às 15h, mediante agendamento prévio. Para saber a localização do CIC, consulte o site da Secretaria da Justiça e Cidadania: www.justica.sp.gov.br

Atendimentos
O CRAVI conta com uma equipe especializada formada por psicólogos e assistentes sociais que realizam a triagem, o acolhimento e o atendimento de vítimas de violência. O aumento de casos de violência doméstica na quarentena e a ampliação da oferta do atendimento remoto levaram as seis unidades do Programa na Capital, Araçatuba, Suzano, São Vicente, Santos e Barueri a atingir o recorde atendimentos: 4.950 em 2020.

No primeiro semestre de 2021, o Cravi já chegou a 3.420 suportes. A unidade Sede, localizado no Fórum Criminal da Barra Funda, foi responsável por 1.627 acolhimentos, seguido pelas unidades de Araçatuba 701, Suzano 567, São Vicente 203, Santos 151 e Barueri, 171.

Violência doméstica
Por meio de convênio firmado com o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo desde 2016, o CRAVI dá suporte psicológico às vítimas de violência doméstica em que os autores dos crimes passam por audiência de custódia. As mulheres recebem orientação e apoio remoto em menos de 24 horas após terem sido vítimas de violência.

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