O 18º Festival Nacional de Teatro de Limeira (SP) tem início nesta semana e traz espetáculos gratuitos no Teatro Vitória Emiliano Bernardo da Silva, além de oficina no Palacete Levy. Acontecem peças de comédia, drama e musical. Já a oficina busca ensinar os procedimentos na condução do corpo e criação coletiva do teatro.
O festival se inicia neste sábado (10), com “Ordinários”, às 17h e às 20h. Na quinta-feira (15) acontece “Na Beirada: Um Poema Cênico Musical”, às 20h. Já na sexta-feira (16) tem “Quem Morreu?”, às 20h.
Encerrando o projeto no sábado (17), acontece a oficina de teatro “O Corpo em Cena”, às 14h; seguida pelo espetáculo “Cárcere ou Porque as Mulheres Viram Búfalos”, às 19h.
Confira os detalhes:
Espetáculo: Ordinários
Sábado (10), às 17h e às 20h – Teatro Vitória Emiliano Bernardo da Silva
Em algum lugar, três soldados formam um pelotão improvável. Diante da angústia da espera, esmeram-se em treinamentos até finalmente receber uma missão. Quanto mais avançam pelo território inimigo, ficam evidentes os segredos que um esconde do outro e o quanto são inadequados para o mundo da guerra. Mas afinal quem é adequado para a guerra? A fábula está atravessada pelo momento de definição de rumos de nosso país, ainda que este não tenha sido conscientemente o ponto de partida, anuncia-se como um porto de chegada. Os palhaços trazem humor e ironia, interpretados por Fernando Paz, Fernando Sampaio, Filipe Bregantim. A direção é de Álvaro Assad.
Com intérprete de Libras.
Entrada: Gratuita.
Classificação: Livre.
Realização: Cia LaMínima, através da Lei Paulo Gustavo e e Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa.
Duração: 60 min
Espetáculo: Na Beirada – Um Poema Cênico Musical
Quinta-feira (15), às 20h – Teatro Vitória Emiliano Bernardo da Silva
A pesquisa da peça se dá pela intersecção entre as linguagens de música, vídeo, artes plásticas e teatro, com o objetivo de criar um espaço de compartilhamento com o público, onde se possa fortalecer nossa subjetividade individual e coletiva. O espetáculo propõe aliança e troca de afetos, criando através da cena, um encontro que busca fortalecer e reconstruir nosso estado emocional diante de uma conjuntura social, política e econômica que violenta nossa subjetividade – fragilizada ainda mais depois de quase dois anos de isolamento. A narrativa se dá predominantemente através da música, com canções inéditas. O elenco conta com Jonathan Silva, Lincoln Antônio e Patrícia Gifford. A direção é de Cristiane Paoli Quito.
Entrada: Gratuita.
Classificação: Livre.
Realização: Lei Paulo Gustavo e e Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa.
Duração: 70 min.
Espetáculo: Quem Morreu?
Sexta-feira (16), às 20h – Teatro Vitória Emiliano Bernardo da Silva
A história apresenta três velhos artistas circenses que se encontram no velório de um amigo que nem eles sabem quem é ao certo. Nesse encontro, eles vão recontando suas histórias e reconstruindo elos perdidos, apesar das rabugices. Na ânsia de rememorar as boas memórias desse tempo passado, eles terão que conviver com suas diferenças e com seus modos únicos de ver o mundo. Com isso, fazem transparecer a grande amizade que os une ao longo de tantos anos. Afinal, quem morreu? ou o quê morreu? O elenco conta com Antonio Chapéu, Carlos Jeronimo e Jorge Lode. A direção é de Esio Magalhães.
Entrada: Gratuita.
Classificação: Livre.
Realização: Grupo Andaime Teatro, Sesc e Sicomercio.
Duração: 55 min.
Oficina de Teatro: O Corpo em Cena
Sábado (17), às 14h – Palacete Levy (Largo da Boa Morte, 11)
A oficina teatral será conduzida por membros da Companhia de Teatro Heliópolis, apresentando os procedimentos na condução do corpo e criação coletiva utilizados para a criação dos seus espetáculos.
Entrada: Gratuita.
Classificação: A partir de 16 anos.
Realização: Cia Teatro Heliópolis.
Espetáculos: Cárcere ou Porque as Mulheres Viram Búfalos
Sábado (17), às 19h – Teatro Vitória Emiliano Bernardo da Silva
As irmãs Maria Dos Prazeres e Maria Das Dores têm a vida marcada pelo encarceramento dos homens da família: primeiro, o pai; depois, o companheiro de uma; agora o filho da outra. Dentro do presídio, o jovem Gabriel – que sonha em ser desenhista – aprende as estratégias de sobrevivência para lidar com as disputas internas de poder e a falta de perspectivas inerentes ao sistema carcerário. Naquele microcosmo, a violência dita as regras e não poupa os considerados fracos ou rebeldes. Fora dali, em suas comunidades, as mulheres buscam alternativas para, ao menos, tentar romper os ciclos de opressão que as aprisionam em existências sem futuro. Outros horizontes são possíveis? Os saberes ancestrais resistiram à barbárie e atravessaram os séculos nos corpos, nas vozes e nas crenças das e dos africanos que, escravizados, fizeram a travessia do Atlântico. Iansã, Rainha Oyá, deusa guerreira dos ventos, das tempestades e do fogo, não abandonou seu povo. Ela permanece iluminando caminhos e inspirando fabulações para que seus filhos e filhas experimentem, por fim, a liberdade. O elenco conta com Antônio Valdevino, Dalma Régia, Davi Guimarães, Isabelle Rocha, Jefferson Matias, Jucimara Canteiro, Priscila Modesto, Vitor Pires e Walmir Bess com encenação de Miguel Rocha.
Entrada: Gratuita.
Classificação: Livre.
Realização: Cia Teatro Heliópolis, através da Lei Paulo Gustavo e Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa.
Duração: 90 min